Homenagem ao Engenheiro Agrônomo

 Dazio Vilela Chaves *

Volto ao Smea online para elogiar o profissional que considero de maior importância e beneficio para a sociedade brasileira, qual seja, o Engenheiro Agrônomo.

Em 1974, quando o Presidente Geisel tomou posse e junto com ele, o Eng. Agrônomo Alysson Paulinelli, como Ministro da Agricultura, implantou-se o processo de modificação da economia brasileira, com o inicio da produção agrícola comercial e, naturalmente, do Agronegócio.

É bom lembrar que o começo da ocupação dos cerrados em grande escala ocorreu  em Minas Gerais. Em  1971, como Secretário da Agricultura de Minas, Paulinelli criou o PCI - Programa de Crédito Integrado, com assistência técnica intensiva da ACAR. O primeiro escritório foi localizado  em Ituiutaba. Em seguida  , foram instalados escritórios em outros municípios de Minas. O Noroeste Mineiro, que ainda não existia no mapa de produção agrícola, foi o maior destaque do programa, sendo que Unaí tornou-se o maior município agrícola de Minas, produzindo 836,7 mil toneladas. Depois do sucesso  em Minas Gerais  , o programa foi estendido para outros estados do Brasil, via PRODECER e CAMPO.

Em 1974, Geisel convocou Paulinelli para o Ministério da Agricultura e disse que o Brasil precisava produzir, na virada do século, pelo menos 100 milhões de toneladas de grãos. Por falta de Engenheiros Agrônomos no Governo, não atingiu a meta. Atualmente, tem-se algo em torno de 50% do PIB agrícola proveniente dos cerrados, onde tudo começou. Aquelas terras quimicamente pobres, e de árvores tortas, quem diria, foram transformadas, pelos Engenheiros Agrônomos, no maior centro de produção agrícola do Brasil.

Paulinelli planejou a agricultura do Brasil, isto é, organizou a pesquisa agrícola com o funcionamento da Embrapa e uma serie de entidades estaduais de pesquisa; estruturou a assistência técnica; providenciou recursos; criou o Polocentro, o Programa de Desenvolvimento dos Cerrados, assim como convocou uma infinidade de Engenheiros Agrônomos, pelo país afora, para junto com o produtor rural, plantar. Plantou, e muito, substituindo o Cerrado por imensas lavouras de arroz, soja, milho, feijão e pastagens, dentre outras.

Em 1979, quando Paulinelli deixou o Ministério, a produção agrícola do Brasil chegou aos 50 milhões de toneladas (aumento de 30% em 5 anos). Na safra de  2013, a  produção atingiu a marca de 187 milhões de toneladas e, com isto, o Brasil tornou-se um dos maiores produtores de grãos do mundo. O Engenheiro Agrônomo foi fundamental nesse processo, via pesquisa, assistência técnica e produção. Nenhuma outra profissão tem tanto que se orgulhar pelo desenvolvimento do país como os Engenheiros Agrônomos, que geram esta riqueza, transformando solo, água, insumos e tecnologia em produção, situando o Brasil como grande produtor mundial de alimentos.  O saldo positivo na balança de pagamentos é graças ao agronegócio, e, se hoje o Brasil tem um destaque mundial como emergente, deve principalmente ao agronegócio, graças ao Engenheiro Agrônomo.

Esta mensagem refere-se, também, à homenagem que a SMEA prestou a 3 (três) Engenheiros Agrônomos, quais sejam, Alysson Paulinelli; Décio Bruxel - empreendedor vitorioso em diversas atividades do agronegócio -  e Paulo Piau - Prefeito de Uberaba-MG, assim como homenageou a EMATER-MG, pelos 65 (sessenta e cinco) anos de atividades. As homenagens coincidiram com o Marco Regulatório dos 80 (oitenta) anos de regulamentação da profissão agronômica, através do Decreto nº23196/33, editado pelo Presidente Getúlio Vargas.

*Diretor da Sociedade Mineira de Engenheiros Agrônomos - SMEA 

  CREA-MG 75817/D

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www.smea.org.br


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