Técnica usada contra doenças do milho e da soja apresenta maior durabilidade no controle e menor custo |
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Algumas doenças, como o mofo branco, o nematóide e fungos de solo, podem dizimar toda a cultura da soja e do milho se não tratadas. Para isso, existem métodos como o controle químico, que tem como característica o imediatismo. No entanto, existe ainda outra técnica: o manejo biológico, que tem como princípio a sustentabilidade do combate. A técnica consiste na utilização de microorganismos benéficos como forma de diminuir gradativamente os problemas que afetam a lavoura. Suas principais vantagens são a preservação do solo e a durabilidade do controle, além do menor custo. — A ideia da técnica é incrementar a produção usando microorganismos benéficos do solo que contem patógenos. Esses organismos benéficos têm a capacidade de parasitar, predar ou competir por alimentos — explica Eduardo Bernardo, pesquisador na área de pesquisa e desenvolvimento da Agrivalle. Para manter os organismos benéficos próximos ao solo, Bernardo diz que é importante que o produtor saiba realizar a rotação de culturas e o incremento de matéria orgânica. Além disso, o preparo e a análise do solo são importantes para saber que tipo de cultura pode ser usada na rotação. — A principal vantagem do manejo biológico é a preservação do maior patrimônio do produtor rural: o solo. Existe ainda a vantagem da durabilidade desse tipo de opção de controle. Quando realizamos esse processo de manejo, ele perdura por muitos anos. Ano a ano, o produtor consegue ver uma diminuição da incidência de patógenos — garante. O entrevistado afirma, porém, que a maior limitação na adoção do sistema é relativa ao imediatismo. Segundo ele, quando se fala em manejo, não significa resolver o problema em uma ou duas safras. Esse é um processo contínuo. — Em termos de custo, essa técnica é muito mais barata, já que perdura por muito mais tempo. Em geral, o início do trabalho com o manejo biológico exige medidas mais radicais. Com isso, os custos são mais altos nesse período. No entanto, no decorrer de 4 ou 5 anos, a técnica se torna muito mais barata, já que é sustentável — conta. De acordo com ele, geralmente, é preciso entrar com doses mais altas de produtos biológicos no primeiro ano para estimular a biota de solo. No decorrer dos anos, essa dose diminui. Bernardo conta ainda que existem produtores que começaram esse trabalho há aproximadamente 2 anos com doses altas. Hoje, utilizam apenas uma dose de manutenção. — Isso porque o controle biológico é acumulativo. Conforme o produtor ativa os microorganismos do solo, os problemas reduzem até o ponto de não existirem mais. Com isso, é possível conviver com as doenças a um custo muito baixo — explica. Precauções A primeira precaução antes de aderir à técnica, segundo o entrevistado, é saber exatamente qual o verdadeiro problema que existe na lavoura. Muitas vezes, o que a planta demonstra não é exatamente a causa do problema, mas sim o sintoma, como explica Bernardo. — Para isso, é preciso a presença de um agrônomo responsável para fazer a identificação. Entendido o problema, o produtor toma as medidas necessárias. Essas medidas podem ser mais brandas ou mais radicais, dependendo do tamanho do problema. No caso dos nematóides, por exemplo, se a população for muito alta, será necessário mais tempo para reverter o quadro — conclui. Para mais informações, basta entrar em contato com a Agrivalle através do número (35) 3422-3131. Fonte |
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