Figueiredo informou ainda que, por enquanto, o Brasil não retaliará os norte-americanos pela suspensão dos pagamentos compensatórios ao
Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), interrompidos desde outubro de 2013. "Continuaremos a negociar com os Estados Unidos. A questão da retaliação comercial estará sempre na mesa. Nos interessa, acima de tudo, resolver essa questão de maneira que seja ótima para os interesses nacionais", disse o ministro.
A Camex formou um grupo de trabalho e abriu uma consulta pública no ano passado para decidir sobre a retaliação aos EUA. A decisão sobre a penalização comercial aos Estados Unidos deveria sair até março deste ano. Em 2009, a
OMC concedeu ao Brasil o direito de retaliar os EUA em US$ 829 milhões pelos subsídios ao algodão. Os norte-americanos propuseram um acordo para que a retaliação não fosse aplicada e passaram a fazer pagamentos anuais de US$ 147,3 milhões ao IBA. No ano passado, no entanto, pararam de fazer os repasses sob a alegação de que os cortes automáticos no Orçamento não permitiam honrar os pagamentos.
O Brasil tinha a expectativa de que a nova lei agrícola dos EUA diminuísse as tensões a respeito do assunto eliminando os subsídios à agricultura. No entanto, o texto aprovado pelo Senado no início deste mês mantém parte dos pagamentos diretos aos produtores rurais e cria um programa de seguro às lavouras, o Stacked Income Protection Plan (Stax). O sistema cobre de 70% a 90% das perdas dos agricultores e o governo norte-americano pode subsidiar 80% dos gastos com a sua contratação. Para alguns especialistas, a nova Farm Bill pode ser ainda mais lesiva do que a antiga aos interesses brasileiros.
FONTEAgência Brasil
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