Dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) apontam que a produção de flores no Brasil movimentou R$ 5,2 bilhões no ano passado, com aumento de 13% em relação a 2012. O valor refere-se ao faturamento dos atacadistas e varejistas de flores. Para os produtores, a atividade gerou receita entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,3 bilhão.

São Paulo é o mais importante Estado produtor, apresentando faturamento de R$ 1,8 bilhão em 2013. Em seguida, aparece o Rio de Janeiro, que movimentou R$ 576 milhões, com aumento de 23% em comparação ao valor registrado no ano anterior, de acordo com informação da Secretaria Estadual de Agricultura.

Segundo o presidente da Ibraflor, Kess Schoenmaker, a estimativa é de que em 2014 o crescimento do setor não apresente grande incremento, devendo fechar com alta em torno de 8%. “Isso resulta de vários fatores. Entre eles, o Dia Internacional da Mulher, que este ano cairá no sábado depois do carnaval. Sábado não é um dia bom. Depois do carnaval, é pior ainda”, disse.

Outro fator que reduzirá as vendas, acredita Schoenmaker, é a Copa do Mundo. “Nós já passamos por várias Copas do Mundo e sabemos o efeito disso. As vendas caem bastante”. O setor pretende promover ações voltadas para esse período, mas não sabe qual será o resultado. “A gente tem que esperar”.

Atualmente, o Brasil conta com oito mil produtores, dos quais 98% são de pequeno e médio porte. A área cultivada no ano passado totalizou 13,8 mil hectares. Mais de 350 espécies foram produzidas, somando três mil variedades. O mercado engloba 60 centrais de atacado, 650 empresas atacadistas e 22 mil pontos de venda no varejo.

Mercado exterior

“A exportação brasileira de flores é quase nula e não se vislumbra nenhum futuro promissor”, disse Schoenmaker. “Em vez de exportar, hoje em dia nós estamos importando da Colômbia e do Equador”. Rosas estão entre as principais flores importadas. Segundo o presidente da Ibraflor, o Brasil nunca teve destaque no campo da floricultura no mercado exterior.

Ele explicou que o clima no Brasil não é favorável à produção de flores, como no Equador e na Colômbia, “que têm altitudes maiores do que a gente. Produzem acima de 2,5 mil metros. A gente para com 1,4 mil metros”. Schoenmaker informou que quanto mais alto e mais frio, mais propício é o clima para a produção de flores de alta qualidade.

Apesar disso, Schoenmaker disse que o consumo interno está evoluindo de forma positiva. No Brasil, o maior consumo per capita em 2013 foi registrado no Distrito Federal (R$ 43,72), seguido de São Paulo (R$ 43,63), do Rio Grande do Sul (R$ 36,99), Rio de Janeiro (R$ 35,48) e de Santa Catarina (R$ 31,46).

Fonte

SouAgro