Workshop em Campinas discutirá a criação de uma política fitossanitária de longo prazo para o Estado de São Paulo

Ação da Coordenadoria de Defesa Agropecuária busca identificar os gargalos e propor ações para evitar a entrada de novas pragas agrícolas no Estado


Em 2013, a agricultura brasileira foi surpreendida por uma praga que nunca havia sido relatada no país, a Helicoverpa armigera. Não se sabe de onde ela veio e nem há quanto tem foi introduzida no Brasil mas o fato é que a “lagarta”  colocou em alerta todo o sistema brasileiro de Defesa Vegetal: de gestores dos serviços oficiais aos produtores rurais, passando pelos pesquisadores incumbidos de desenvolver novos métodos de controle, pelos responsáveis técnicos pelas prescrições e pela indústria de defensivos. Sua ampla distribuição geográfica e alta densidade populacional apontam para um cenário nada animador: probabilidade extremamente baixa de sucesso de ações de erradicação ou supressão populacional. Ou seja, o produtor rural terá que aprender a conviver com esta nova praga e recalcular seus custos de produção.

As pragas exóticas são organismos que, quando introduzidos numa nova localidade, conseguem se adaptar e passam a causar dano econômico. Usualmente, têm alta capacidade reprodutiva e de dispersão e, na ausência de inimigos naturais, proliferam rapidamente. Apesar de o Brasil possuir um sistema de vigilância internacional para evitar a entrada dessas pragas, elas vêm ingressando no país: de 1901 a 2013, pelo menos 60 espécies foram introduzidas e se tornaram pragas agrícolas, muitas das quais conhecidas pelo produtor rural há tanto tempo que já se tornaram ‘da casa’. A velocidade com que as novas introduções têm ocorrido vem aumentando de maneira exponencial, como resultado direto da globalização e da abertura de mercados. De 1994 a 2003, foram relatadas 17 novas pragas no Brasil e, de 2004 a agosto de 2013, 27. Grosso modo, isso corresponde a uma praga exótica a cada 8,2 meses na última década.

Diante deste cenário, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) realizará um workshop no dia 25 de setembro de 2013. Serão apresentados os últimos avanços na pesquisa e manejo da Helicoverpa armigera  e serão discutidas as ações oficiais para prevenção de novas pragas. Essas ações incluem a fiscalização do trânsito, a implantação de sistemas de detecção precoce, o registro de agrotóxicos e o diagnóstico de espécies de pragas quarentenárias. “Mais do que apontar problemas ou procurar culpados, a CDA está preocupada em identificar caminhos possíveis para evitar situações semelhantes à que se instaurou com a Helicoverpa”. “A vigilância deve ser a alma do sistema de Defesa Agropecuária e avanços só serão possíveis  se tivermos uma melhor estruturação das barreiras interestaduais e internacionais e a aproximação com pesquisadores, órgãos de extensão e produtores no sentido de alcançar a rápida identificação  das pragas . O resultado do workshop contribuirá para o desenvolvimento de uma política estadual de longo prazo de defesa fitossanitária, com benefícios diretos para todo o agronegócio paulista.                                                                                                             

Serviço:

Para maiores informações, contate a organização do evento: (31) 3466-2161 ou  consultoria@defesaagropecuaria.com

Contatos CDA

Euclides de Lima M. Filho – GDSV : 19.3045.3421

Ane Veronez – CFICS : 19.3045.3441

Mário Tomazela – CDSV: 14.8157.6622

Fonte

Agropec

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