Produtores precisam monitorar as lavouras no início do plantio para não disseminar a ferrugem asiática

O Vazio Sanitário, período em os produtores rurais estão proibidos de plantar soja, iniciou em 15 de junho e terminará no próximo domingo (15). Nesse período de 90 dias fica estabelecida a proibição do plantio de lavouras comercias de soja (com exceção das áreas para pesquisa com a liberação do Ministério da Agricultura). Assim como fica a cargo dos produtores a destruição das plantas tigueras presentes em suas lavouras, que nascem voluntariamente no campo, para impedir que a Ferrugem Asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizie, se dissemine e gere perdas na safra subsequente.
 
Segundo o coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wanderlei Dias Guerra, é preciso acompanhar de perto principalmente as regiões onde choveu bem na entressafra, como Primavera do Leste, Campo Novo do Parecis, Sapezal, Tangará da Serra e proximidades. Isso porque durante a entressafra ocorreram chuvas esporádicas, o que foi suficiente para segurar a umidade e consequentemente manter o fungo viável. Nestas regiões foi dado o alerta vermelho. “É a região mais crítica para aparecimento de ferrugem, pois é o local que tem mais umidade”, frisou Wanderlei.
 
Na região Norte a situação é um pouco mais tranquila em relação à safra passada (12/13), mas necessita de atenção especial. A região recebeu menos chuvas na entressafra, contudo, com as primeiras chuvas e como os esporos da ferrugem estão no ar, há grandes chances do foco da doença chegar mais cedo no Médio-Norte e disseminar para outras regiões, explicou Wanderlei.
 
Alerta
 
A Aprosoja recomenda que o produtor redobre o monitoramento das lavouras, que sejam utilizados produtos recomendados pelo engenheiro agrônomo e que principalmente observem o intervalo entre uma aplicação e outra. Não se esquecendo dos princípios básicos quanto à tecnologia de aplicação, como a hora ideal para a aplicação, temperatura e velocidade do vento. “O monitoramento eficaz e a prática destas ações diminuirão a pressão da doença no Estado e, consequentemente, todos os produtores serão beneficiados”, reforça Nery Ribas, diretor técnico da Aprosoja. Segundo Ribas, as orientações preventivas são para que não ocorram prejuízos do tamanho das que ocorreram na safra 2012/13 na ordem de US$ 1 bilhão.

Fonte: Aprosoja

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