O Triângulo Mineiro lidera o ranking de produção de girassol de Minas Gerais: 56% da safra estadual, segundo os dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. E a plantação da flor tem se tornado uma opção de safra de inverno para os mineiros. Seja para produção de óleo e biodiesel ou para ornamentação de jardins e decoração em geral, o girassol chama atenção pelo tamanho e beleza. Em Minas Gerais ele é plantado entre fevereiro e março.
O produtor rural Sidney Zancanella cultiva girassóis em uma fazenda em Araguari, no Triângulo Mineiro, há quatro anos. E segundo ele, como o girassol exige menos chuva, isso tem aumentado a produção na região. “Antes de surgir a opção pela plantação de girassol, trabalhávamos com a rotação de cultura só de soja e milho. O girassol surgiu como uma opção a mais”, disse.
A plantação atual é de 40 hectares, e o produtor conta ainda que o girassol é uma boa alternativa para rotação de culturas, já que traz grandes benefícios ao solo. “Além dele deixar a matéria orgânica excelente para o próximo plantio, ele ainda recicla nutrientes que foram perdidos no solo”, afirmou.
O cultivo dura cerca de 120 dias e a matéria-prima é extraída dos grãos retirados do capítulo dos girassóis. A previsão de colheita é de mais de 25 sacas por hectare. Tudo o que é produzido na fazenda de Sidney, vai para indústrias de óleo de cozinha de Goiás.
Na região de Araguari, o girassol é cultivado em dez propriedades. A produção estimada para este ano é de 2.700 toneladas de grãos. De acordo com o técnico agrícola e especialista de sementes, Antônio Lima, o plantio do girassol cresceu na região pelo solo e clima favoráveis. “O girassol necessita de solos corrigidos, profundos e não compactados. Por isso, ele se encaixa perfeitamente nas condições climáticas”, disse.
Além do solo e clima favoráveis, outro atrativo, segundo o técnico agrícola, tem sido a facilidade de escoamento da produção. “Nós temos no Triângulo Mineiro mais ou menos oito mil hectares de girassóis plantados. E já foram feitas negociações com o mercado futuro, ou seja, o agricultor sabe o preço que ele está vendendo a sua safra”, afirmou.
É o caso do produto rural Crizol de Rezende, que produz girassóis há dez anos. Ele conta que já havia negociado a venda dos 120 hectares mesmo antes de iniciar o plantio. Em julho, o produtor espera colher pelo menos 30 sacas por hectare. Cada uma delas será vendida por R$ 56, e ele já está de olho na próxima safra. “No geral, nossa expectativa é dobrar a área, já que é bastante rentável e menos arriscado”, comentou.
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