O painel "Jovens Pesquisadoras" é uma continuidade do trabalho do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para impulsionar a carreira das mulheres, dando visibilidade às trajetórias profissionais de pesquisadoras, já iniciado com as três edições das "Pioneiras da Ciência". À frente do "Jovens Pesquisadoras", Hildete Pereira de Melo, economista da Universidade Federal Fluminense (UFF), confirma que o quadro não é uma particularidade do Brasil.
"A masculinização das ciências é mundial. Ela está ligada aos papéis de gênero, uma questão que ainda não está bem resolvida também nos Estados Unidos e na Europa", afirma Hildete.O objetivo do programa é inspirar e atrair mais delas para as carreiras científicas. Em edições anteriores, foram perfiladas pioneiras das ciências no Brasil, como a economista Maria da Conceição Tavares, a psiquiatra Nise da Silveira, a bióloga e ativista Bertha Lutz e a agrônoma Johanna Döbereiner.
A quarta edição deve ser publicada até junho de 2014. Já entre as jovens pesquisadoras, há especialistas em imunologia, farmacologia, ciências ambientais, física e genética, além de outras áreas. A seleção tem cientistas de noves estados. O Norte é a única região não representada.
Enquanto, na iniciação científica, a participação feminina chega a 56%, nas bolsas de produtividade em pesquisa, consideradas pela academia como critério de excelência, a parcela é de apenas 36% do total concedido em 2013. São 4.970 para mulheres e 8.994 para homens.
A pesquisa mostra ainda que a entrada delas nesse sistema é mais tardio que a deles. Para pesquisadores do sexo masculino, a maioria das bolsas de produtividade é concedida a cientistas de 45 a 54 anos. Entre as mulheres, esse patamar é mais comum entre as cientistas de 50 aos 59 anos. As faixas etárias de menor representatividade feminina coincidem com a idade fértil.
Mais informações: www.cnpq.br/web/guest/jovens-pesquisadoras.
FONTE
Faperj
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