As abelhas transformaram a vida de Luzia Alves da Costa. A agricultora familiar, de 49 anos, sempre trabalhou no campo e, agora, começa a colher os frutos. Natural da cidade de Guaraciaba, no semiárido mineiro, Luzia viu na apicultura uma chance de incrementar a renda da família. | |||||||||||||||||
As abelhas transformaram a vida de Luzia Alves da Costa. A agricultora familiar, de 49 anos, sempre trabalhou no campo e, agora, começa a colher os frutos. Natural da cidade de Guaraciaba, no semiárido mineiro, Luzia viu na apicultura uma chance de incrementar a renda da família, que tem também uma horta. Mas, por conta das adversidades climáticas da região, a agricultora tem as abelhas como grandes aliadas para driblar os períodos de estiagem. Ela conta que a dificuldade dos apicultores da região norte de Minas Gerais ainda é grande. Por isso, Luzia e alguns colegas apicultores apresentaram ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, na tarde desta sexta-feira (11), em Belo Horizonte (MG), uma proposta para melhorar as condições desses agricultores. Eles solicitaram ao MDA uma Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) específica para esse público.
O ministro ficou bastante impressionado com a forma como as coisas funcionam para os apicultores. "Estou sensibilizado. O que vocês apresentaram hoje foi uma aula e um aprendizado para mim", elogiou. O momento, segundo ele, é de ajuste nas contas, mas de grandes oportunidades. "Vamos trabalhar com alternativas e parcerias, vamos pensar com carinho", prometeu.
O engenheiro agrônomo da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Alex Demier, mostrou ao ministro a atual situação dos apicultores do norte de Minas e o que eles esperam para o futuro. "Queremos dar maior visibilidade para esses apicultores. Queremos uma parceria com o MDA, para agregar valor à produção dos agricultores, que têm no mel a fonte de renda", disse. Hoje, mais de 30 municípios dessa região mineira possuem associações de apicultores, somando mais de 800 famílias. A produção de mel chega a 800 toneladas por ano, gerando um montante de R$ 8 milhões. Os apicultores comercializam seus produtos, na grande maioria, em entrepostos de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, que exportam para países da Europa e Estados Unidos. "O mel é uma alternativa para a seca do norte de Minas Gerais. E 92% desses apicultores são agricultores familiares, que produzem 99% do mel de forma orgânica", acrescentou Alex. Sonho possível Por ser uma alternativa às épocas de estiagem, Luzia, o marido e os três filhos aumentaram a renda familiar e os sonhos. A agricultora, que é uma das fundadoras da Associação dos Apicultores de Guaraciaba - predominada por mulheres -, viu a oportunidade de retomar os estudos, interrompido pela batalha do dia a dia. "A apicultura mudou minha vida para melhor", enfatizou. Ela, inclusive, pensa em fazer faculdade. Ainda não sabe bem o curso. "Só sei que quero algo relacionado ao meio ambiente", revelou. "A gente precisa trabalhar e eu só consegui mudar de vida depois que comecei a trabalhar com abelhas", lembrou Luzia, apicultora e futura universitária.
Fonte MDA - Jalila Arabi Ascom/MDA
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