São imensuráveis os prejuízos decorrentes do desastre provocado pela Samarco: ambientais, sociais, econômicos.
O trajeto da lama de rejeitos de mineração da Samarco, que percorreu cerca de 600 dos 853 quilômetros do leito do rio Doce até chegar ao mar, interrompeu o abastecimento de água em municípios de Minas Gerais e Espírito Santo.
Ainda é cedo para afirmar quanto tempo levará a revitalização do Rio Doce, o maior do Sudeste brasileiro. Talvez leve pelo menos um século, apontam as primeiras projeções. Talvez nunca volte a ser o que foi.
Os rios afluentes da calha principal, trazendo água limpa, com o tempo empurrarão a lama para o oceano, mas muitos rejeitos aderiram ao fundo. Além disso, há três reservas marinhas naquela área.
Comunidade e ambientalistas se unem em ações para tentar salvar o que conseguiu resistir à tragédia. “Os afluentes representarão as áreas de onde será iniciada a recolonização da calha principal. Isso deverá ser ainda mais importante nas regiões mais próximas do local do acidente, onde, possivelmente, a fauna de peixes foi severamente afetada”, avaliou o biólogo Fábio Vieira, um dos maiores especialistas na ictiofauna da Bacia do Rio Doce, em entrevista ao jornal Estado de Minas.
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