Prática sustentável de manejo oferece fontes de macronutrientes, é barata e consegue melhorar a produtividade

Mais sustentável e politicamente correto. Essas são as duas características do manejo ecológico que, através da adubação orgânica, oferece excelentes fontes dos chamados macronutrientes e enriquece o solo, promovendo melhor porosidade. Esse tipo de manejo visa à adubação com plantas adubadeiras, algumas delas disponíveis em qualquer quintal de residência. Segundo Silas Garcia, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, a empresa conta com uma listagem de espécies que foram testadas desde a década de 80 indicadas para esse tipo de atividade.

— No Estado do Amazonas, destacamos principalmente o ingá, uma planta muito comum que nasce nos quintais de quase todas as residências. No entanto, destacam-se ainda a tefrósia e a flemingia — afirma o pesquisador.

Ele diz que, normalmente, o produtor obtém essas plantas por meio de sementes e pode utilizá-las de duas maneiras. A primeira é a utilização junto com as plantas que ele já cultiva. Se ele cultiva cupuaçu ou banana, por exemplo, pode plantar ao longo da fileira. Após um ano, basta cortar os galhos e depositá-los ao redor das plantas da cultura.

— Já quando o solo está muito ruim, o produtor pode plantar somente essas espécies adubadeiras. Recomendamos um coquetel dessas espécies. Após um ano, ele deve cortar todo esse material e depositá-lo sobre o solo. Em seguida, pode realizar o plantio da espécie que deseja. Esse é um manejo simples que pode ser feito por todos os agricultores — explica Garcia.

Ainda de acordo com ele, pesquisas mostram que as plantas adubadeiras são excelentes fontes dos chamados macronutrientes, ou seja, nitrogênio, fósforo e potássio. Portanto, o principal benefício seria a nutrição da cultura.

— O segundo benefício é o enriquecimento do solo com matéria orgânica, responsável por fornecer comida para a fauna do solo, promovendo maior porosidade.  O terceiro benefício é a possibilidade de recomposição periódica desse material orgânico — conta o pesquisador.

O custo da prática envolve a aquisição de sementes e o plantio. No entanto, segundo Garcia, são despesas que não demandam recursos financeiros, pois estão disponíveis na propriedade rural.

— No Amazonas, o custo é um pouco maior, pois é preciso pagar o transporte das sementes. Portanto, para baratear o custo de aquisição da tefrósia e da flemingia, por exemplo, é aconselhável que o produtor pegue um pouco de semente dos agricultores que já possuem ou que adquira na Embrapa. Depois disso, ele pode levar essas sementes para a propriedade e reproduzi-las. Já o ingá e urucum são mais fáceis de adquirir, pois nascem em diversos locais — orienta.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Amazônia Ocidental através do número (92) 3303-7800.

Fonte

Portal Dia de Campo

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