“Não há como o governo fiscalizar cada cidadão para que não jogue lixo no chão, somos nós mesmos que devemos alertar uns os outros”, disse a integrante do Programa de Voluntários da ONU, Mônica Villarindo, na sede da organização não governamental Viva Rio. Lá, no dia 1º de setembro, ela conversou com pessoas interessadas em se envolver com os ODS.
A ONU se prepara para lançar 17 objetivos específicos e 169 metas com as quais os países devem se comprometer até 2030, em substituição as Metas do Milênio. Entre os novos objetivos, figuram os seguintes: acabar com a pobreza, promover a igualdade de gênero, reduzir as desigualdades entre os países, permitir acesso à energia, à água, ao saneamento e organizar a transformação das cidades em locais sustentáveis.
Para alcançar os objetivos, focados, principalmente, nas questões ambientais, na tentativa de evitar calamidades, Mônica disse que ações simples devem ser tomadas perto de casa. Cada um, disse, pode começar no próprio bairro, na escola dos filhos e até nas reuniões do condomínio.
“Os objetivos vão exigir de todos mudanças de hábitos e conscientização. As pessoas precisam ver que essa dedicação a pequenas atividades, de forma voluntária, trará benefícios para coletividade e para si, que não se comparam a um pagamento [em dinheiro]”, afirmou Mônica.
Michelle Elsaesser, alemã, participante do Programa Jovem Voluntário da própria ONU também participou da conversa. Ela disse que começou como voluntária na própria igreja, em sua cidade natal. Hoje, tem certeza que sua dedicação, que já passou por creches comunitárias e galpões de materiais recicláveis, no interior do Rio Grande do Sul, transformou muitas vidas.
“Nesse tempo todo, percebi que é muito importante não depender de governo, de políticos ou de empresários, mas de nós, procurar pessoas ao nosso redor para contribuir com pequenas ações que podem fazer uma diferença global no planeta”, disse a cientista social.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram elaborados após ampla consulta a sociedade civil, empresários e governos, após a conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, realizada em 2012, na capital fluminense.
FONTE
Agência Brasil
Isabela Vieira – Repórter
José Romildo – Edição