Em avaliação feita neste sábado (19), o Corpo de Bombeiros constatou que parte do óleo vazado do HRan (Hospital Regional da Asa Norte) contaminou o fundo do Lago Paranoá, em uma área próxima à saída do duto pluvial (ponto por onde a substância teve acesso ao lago). Em análises aéreas e da superfície da água, não foram encontrados mais pontos de contaminação, informou o chefe de Operação do Comando Unificado, capitão Rodrigo Rasia.
— Na avaliação, vimos que parte do óleo que se encontra na superfície desceu, contaminando o fundo. Essa é a nossa principal preocupação no momento. Montamos um plano de ação que vai mapear o local e redimensionar a detenção, pois o óleo pode surgir em novos pontos.
A retirada do óleo do fundo não é complicada, e será feita pela empresa Suatrans, especializada em atendimentos emergenciais ambientais, informou o capitão.
Para evitar que o óleo se espalhe, há 800 metros de barreiras flutuante e de absorção. Se por um lado a chuva deste sábado é considerada positiva para ajudar a dissipar a mancha de óleo e para limpar o duto pluvial, onde há ainda resíduos de óleo, por outro lado, atrapalha as barreiras. De acordo com o capitão, a chuva implica em risco maior de rompimento das barreiras.
Até o momento, foram capturados três animais afetados pelo óleo: duas tartarugas e uma ave. Segundo a analista ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Cristiane Oliveira, eles foram encaminhados ao Zoológico.
— A ave morreu, e as tartarugas estão sob tratamento.
Segundo ela, foram encontradas mortas uma tartaruga e outra ave, mas ainda não está confirmado se isso ocorreu em decorrência do óleo. Alguns peixes também forma encontrados mortos, “mas até o momento sem vestígios de óleo”.
— A suspeita é que eles tenham sido descartados pelos pescadores.
A necropsia dos peixes está sendo feita pela UnB (Universidade de Brasília) e pelo Zoológico.
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