De acordo com o instituto, 236.600 km² de áreas desflorestadas, quase o tamanho do Estado de São Paulo, ocorreu para a implantação de lavouras. Isso representa 65% do total do desmate no período.
Já a expansão das áreas de pastagens responde pelos outros 35% do desflorestamento. A atividade ocupou, no período correspondente à pesquisa, 127.200 km² de áreas da Amazônia ou da Mata Atlântica.
Nos últimos dois anos analisados pelo IBGE, de 2010 a 2012, a expansão da fronteira agrícola intensificou-se, tendo sido responsável pelo desmatamento de área de 77.520 km² (68% do total do desflorestamento). No mesmo período, a expansão das pastagens plantadas respondeu por 28% do desmate, ou 32.120 km².
Segundo o IBGE, houve uma aceleração nos processos de mudanças na cobertura e uso da terra no país. A pesquisa indica que no período de 2010 a 2012, as alterações na paisagem atingiram 3,5% do território nacional. Tal transformação, ocorrida em apenas dois anos, é equivalente à metade do observado no período de 10 anos, de 2000 a 2010.
Como é feita a análise
Para a realização da pesquisa, o IBGE utiliza imagens de satélites de diferentes fontes, que possibilitam indicar transformações no uso e cobertura da terra. Segundo o instituto, são utilizadas imagens do Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês), dos projetos Prodes (Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica) e Terraclass, além de outros dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa).
Para saber mais
Acesse aqui o estudo publicado pelo IBGE.
FONTE