Segundo os pesquisadores, as moléculas de FDT (sigla em inglês para fluoreno-ditiofeno dissimétrico) custa um quinto do preço dos outros produtos e eleva a eficiência energética em 20,2%, enquanto os painéis que estão hoje no mercado conseguem 14%.
O FDT pode, também, ser facilmente modificado, segundo os pesquisadores. Isso permitiria o aumento do leque de opções para construir vários modelos de placas fotovoltaicas.
Para Baitelo, além de reduzir o preço dos equipamentos, é preciso encontrar uma forma de baratear os serviços.
As novas placas de FDT são formadas a partir da perovskita, um tipo de mineral que assume a forma de cristais e é largamente utilizado para equipamentos de energia solar. Segundo um de seus criadores, o professor Mohammad Nazeeruddin, elas são mais fáceis de fabricar e purificar.
Compra e instalação
O alto custo de compra e instalação de painéis fotovoltaicos é um dos grandes entraves para a disseminação do uso de energia solar no Brasil e no mundo, mas a descoberta suíça promete mudar radicalmente este cenário.
O coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo, lembrou ao jornal O Globo que existem outras tecnologias ainda em laboratório que permitem aumentar a eficiência da energia solar em até 40%, mas todas elas são mais caras do que as que temos no mercado.
Larga escala
“A grande novidade dessa descoberta é a possibilidade de fazer a eficiência crescer ao mesmo tempo em que se reduz o custo”, destaca. O grande salto vai ser conseguir produzir placas com esse material em larga escala.
Para Baitelo, além de reduzir o preço dos equipamentos, é preciso encontrar uma forma de baratear os serviços – instalação e manutenção – e a logística.
“O Brasil importa todos os equipamentos relacionados a energia solar. Se começarmos a fabricá-los, gastaremos menos com logística”, ressalta.
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