Na manhã do dia 5 de junho de 2014, um avião da Gol vai decolar do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, rumo a Brasília (DF), com 50% do seu abastecimento garantido por bioquerosene. "Será o primeiro voo comercial saindo do aeroporto internacional com esse percentual de combustível obtido pela transformação do óleo da macaúba, fruto cuja extração está incluída nas atividades da agricultura familiar", informa o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Merlo.
Ele explica que a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), organizações de agricultura familiar e empresas do setor privado, estudam propostas de fortalecimento da extração de macaúba com foco na produção de biocombustível.
"A inclusão do bioquerosene no combustível das aeronaves deve fomentar o extrativismo por meio dos agricultores familiares. Outros segmentos da cadeia da macaúba também terão a oportunidade de participar dessa nova cadeia produtiva", ressalta o secretário.
De acordo com Lucas Carneiro, superintendente de Agropecuária e Silvicultura da Secretaria da Agricultura, o Governo de Minas Gerais trabalha em parceria com o setor privado da Plataforma Brasileira de Bioquerosene. "A entidade, sediada em São Paulo, reúne empresas de aviação de todo o país, que colaboram para a utilização de múltiplas matérias-primas da biodiversidade brasileira com o foco na produção de biocombustível destinado à aviação com preços competitivos em relação ao derivado do petróleo", explica.
Segundo a Plataforma, até 2020 o Brasil, integrado ao esforço mundial de redução das emissões de gás carbono, deverá usar 50% de mistura de bioquerosene nos voos. Além de atender à produção de bioquerosene, a macaúba é utilizada também para obtenção de óleo comestível e para alimentação humana e animal, bem como produção de cosméticos. Carneiro acrescenta que Minas Gerais é pioneiro em programas de incentivo especificamente da macaúba e grande produtor de diversas oleaginosas com potencial de uso para a fabricação de biocombustível.
FONTE
Agência Minas