Estoque doado pelo governo deve acabar, mas outras 10 mil ton já estão no Estado para serem comercializadas


Suspensa desde o último dia 30, a Portaria 497 do Ministério da Agricultura, que autoriza a venda de milho para a região Nordeste, foi prorrogada, ontem, até fevereiro de 2014 e deve ser publicada pelo Governo Federal na próxima segunda-feira (7). A partir daí, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estará novamente apta a comercializar os grãos para todo o Estado, beneficiando os produtores rurais que sofrem com a seca.

Assim que a Portaria 497 for publicada pelo Governo Federal, a Conab poderá vender as 1,4 mil ton restantes do estoque de 30 mil ton que chegou ao Estado em junho, doado pela União Foto: Divulgação

"Estávamos só esperando essa decisão para terminarmos de comercializar o restante do estoque doado pelo governo", disse o secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) do Ceará, Antônio Amorim. Segundo ele, das 30 mil toneladas (ton) de milho que chegaram ao Estado em junho desse ano, 28,2 mil ton foram entregues aos compradores e outras 319,8 ton já haviam sido vendidas até ontem, quando começaram a ser preparadas para entrega. Ainda de acordo com Amorim, as 1,4 mil ton restantes aguardavam a liberação da portaria para serem vendidas.

Liberação

Conforme o deputado federal Mário Feitoza (PMDB), que ajudou a articular junto aos ministérios da Agricultura, Planejamento e Fazenda a liberação da Portaria 497, outras 10 mil ton de milho já estão estocadas no Estado, prontas para serem vendidas. "O presidente da Conab, Rubens de Castro, que me informou hoje (ontem) sobre a prorrogação da Portaria, disse também que os preços serão mantidos", afirmou. Assim, a saca de 60 quilos (kg) de milho seguirá sendo vendida a R$ 18,21.

Ainda segundo Mário Feitoza, esses grãos serão comercializados em 19 postos de venda da Conab, espalhados por todo o Estado. "O frete será pago pelo governo federal, pois trata-se de um programa federal de combate à seca. É importante frisar, porém, que esse milho não será distribuído gratuitamente para os produtores rurais cearenses, apenas disponibilizado em um preço mais acessível", destaca o deputado. "Se as pessoas fossem comprar esses grãos em um mercado comum, a saca sairia, em média, por R$ 40", completa.

Beneficiados

Uma das sementes mais apropriadas para a ração dos rebanhos, o milho que chega ao Ceará para ser comercializado, deve beneficiar principalmente os micros, pequenos e médios produtores rurais. "A água já está escassa, imagine como seria se não houvesse os grãos", diz Feitoza. Para se ter uma ideia, apenas para o município de Tauá serão comercializadas 400 toneladas deste produto", acrescenta o deputado federal.

Fonte
Diário do Nordeste

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