“O Sistema Cultivance® é, antes de tudo, motivo de muito orgulho para todos nós. Representa uma alternativa especial para o produtor brasileiro porque auxilia no manejo de resistência das plantas daninhas na lavoura de soja”, discursou Kátia Abreu, durante solenidade na sede da Embrapa.
Para a ministra, a rotação de culturas é uma ferramenta importante para auxiliar os agricultores a obter maior rentabilidade de forma sustentável. “Este produto não vem para tomar o lugar do outro, mas para fazer uma rotação. É uma forma de dizer que estamostapeando as plantas daninhas. Além disso, nada melhor que concorrência. Com dois produtos, a tendência é que o preço da semente caia”, completou.
O Cultivance® foi desenvolvido ao longo de 20 anos por meio de uma cooperação técnica entre a Embrapa e a empresa Basf. O sistema combina a utilização de cultivares de soja geneticamente modificada com o uso de um herbicida com amplo espectro de ação para o manejo de plantas daninhas de folhas largas e estreitas. O resultado é uma opção inovadora disponível aos produtores brasileiros, que passam a contar com um sistema de rotação de tecnologias para o manejo das pragas da soja.
A ministra destacou ainda que a nova tecnologia também trará benefícios para o consumidor final, já que o produto poderá chegar mais barato às prateleiras. “Temos que estimular a pesquisa aplicada, aquela que irá para o campo e trará resultado para o Brasil. Se os produtores conseguirem produzir com mais qualidade e custo mais baixo, os alimentos chegarão ao mercado com preço menor.”
Aliança para inovação
A ministra ressaltou, durante seu discurso, que um dos principais eixos de atuação do Ministério da Agricultura é a formação daAliança Nacional para Inovação Agropecuária. O projeto, que terá a Embrapa como foco, impulsionará a pesquisa e a inovação no campo por meio de novas fontes de financiamento.
Kátia Abreu afirmou que é necessário dobrar o atual orçamento da Embrapa, que gira em torno de R$ 3 bilhões, e posteriormente triplicar esse valor. Somente com a tecnologia desenvolvida pela empresa de fixação biológica do nitrogênio, exemplificou a ministra, o Brasil economiza anualmente R$ 12 bilhões. “Se a Embrapa fosse hoje cobrar legitimamente como uma empresa privada, esse orçamento deveria ser muitíssimo maior”, comparou.
“A Aliança para Inovação será um legado, um passo a mais do que aEmbrapa deu até aqui”, observou Kátia Abreu, acrescentando que é necessário agregar todas as instituições de pesquisa voltadas para a agricultura que, segundo a ministra, podem estar “dispersas”. “Sob o comando da Embrapa, teremos uma grande aliança, uma grande rede de pesquisa.”
Na avaliação da ministra, a Embrapa deve continuar firmando parcerias produtivas e inovadoras com a iniciativa privada, nas quais poder público, consumidor e empresários saiam ganhando — a exemplo do projeto Cultivance® desenvolvido juntamente com a Basf. Esse será um dos focos da Aliança para Inovação, que pretende captar recursos do mercado para impulsionar a pesquisa na área agropecuária.
“Não queremos ficar distantes da iniciativa privada. Não temos o preconceito de que pesquisa tem que fi car longe de comércio. Produzimos pesquisa para ser comercializada, democratizada e usada pelas pessoas, sempre com o objetivo de beneficiar a sociedade, porque é dinheiro público que está por trás também”, disse Kátia Abreu.
FONTE
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Assessoria de Comunicação Social do MAPA
Priscilla Mendes – Jornalista
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