A Criopreservação de materiais genéticos vegetais, que possibilita conservar meristemas, embriões, sementes ou outros tecidos da planta por tempo indeterminado, é a nova linha de pesquisa do Laboratório de Cultura de Tecidos da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS. O método laboratorial, pioneiro na região Sul, conserva germoplasmas em temperaturas ultrabaixas (-196°) dentro de tanques de nitrogênio líquido. Esta técnica paralisa o crescimento da planta e a consequente multiplicação, possibilitando a formação de um banco de germoplasma em um espaço reduzido.
A exposição das plantas ao nitrogênio, além da conservação, pode eliminar partículas virais dos tecidos vegetais, técnica denominada crioterapia. Além de garantir ao laboratório economia em mão de obra, a Criopreservação facilita o acesso aos bancos de germoplasma pelos pesquisadores e é uma alternativa à manutenção do germoplasma em condições de campo, onde está sujeito à ação de pragas. Neste caso, o material livre de doenças pode ser resgatado diretamente do laboratório. “É uma técnica importante como apoio a programas de melhoramento genético vegetal” explica o pesquisador da Embrapa, Leonardo Dutra.
Estrutura O laboratório conta com criotanques e botijões de diferentes capacidades e que precisam ser regularmente reabastecidos. Para a aquisição dos equipamentos necessários, foi realizado um investimento inicial de R$ 200 mil, adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado federal Paulo Pimenta (PT). Há expectativa de complementação de outros R$ 200 mil para aquisição de mais equipamentos. Atualmente o Laboratório de Cultura de Tecidos se encontra em processo de desenvolvimento de protocolos para criopreservação de diferentes espécies.
Fonte
Portal Dia de Campo
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