A Umbucajazeira, árvore frutífera difundida em toda Bahia e considerada por décadas um híbrido entre o umbu e a cajá, foi reconhecida como uma espécie nova, passando a receber a nomenclatura Spondias bahiensis P. Carvalho, Van den Berg & M. Machado. O artigo com o estudo detalhado foi divulgado na Revista Neodiversity, publicação online de língua inglesa sobre a biodiversidade neotropical.

A hipótese de que a planta se tratava de uma espécie nova e não um híbrido foi desenvolvida pelo professor aposentado da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Paulo Cezar Carvalho, em sua pesquisa de doutorado em 2006. A pesquisa foi complementada em 2015 na tese do pesquisador Marlon Machado, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Desde o início, o estudo teve a orientação do professor Cassio Van Den Berg.

“Por se tratar de uma planta de elevado valor econômico e reconhecida desde muito tempo como híbrida, muitos trabalhos acadêmicos têm sido desenvolvidos sobre esta espécie, inclusive na UFRB, sem que se tivesse a nomeação correta”, avalia Carvalho. “Com este trabalho, foi possível resolver a questão, após derrubar a ideia quase que secular de que esta planta é um híbrido. Hoje ela tem seu nome definitivo, que é Spondias bahiensis”, explica.

De acordo com o pesquisador, a umbucajazeira é difundida especialmente na região do semiárido baiano, em cidades como Itaberaba, Santa Terezinha, Rui Barbosa, Bom Jesus da Lapa, Jacobina e Juazeiro. “É uma árvore com a copa muito ornamental e forma uma excelente sombra, sendo encontrada nos terrenos das casas na região semiárida”, diz Carvalho. Os frutos estão maduros a partir dos meses de janeiro, fevereiro e março, sendo comercializados nas feiras livres da capital e interior, consumidos “in natura” e produzidos com seus frutos, picolés, sorvetes, licores e polpas.

Confira aqui a publicação do artigo na íntegra (arquivo PDF).

FONTE

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

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