Não apenas o título é extenso. O caminho a ser percorrido pelo projeto Integração de Práticas de Manejo e Diversificação Animal e Vegetal em Unidades de Produção de Hortaliças em Transição Agroecológica no Distrito Federal também é constituído por largas trilhas onde os primeiros passos já começaram a ser dados. No dia seis de fevereiro último, a apresentação/discussão das estratégias de ações relacionadas ao projeto reuniu na Embrapa Hortaliças integrantes da equipe multidisciplinar constituída por pesquisadores da Unidade, daEmbrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e da Embrapa Cerrados, todas sediadas em Brasília (DF), e por representantes de instituições parceiras como Emater-DF, Sindiorgânicos,Sebrae-DF e Mercado Orgânico.
Apresentado pela
Embrapa Hortaliças ao Portfólio Sistemas de Produção de Base Ecológica, atendendo à Chamada 01/2013, e aprovado pelo Sistema Embrapa de Gestão (SEG), o projeto surgiu da articulação entre várias Unidades Descentralizadas e da
Emater-DF, que pela sua capilaridade acompanha alguns dos processos de transição agroecológica desenvolvidos por produtores de hortaliças da região.
"Hoje, temos aproximadamente mil agricultores inseridos nesse processo, em áreas entre 04 e 10 hectares", informa a pesquisadora Mariane Vidal, para quem a reunião representou "o pontapé inicial do projeto", ao definir a montagem do diagnóstico e a sistematização das informações sobre esses agricultores no DF.
Segundo ela, a partir dessas definições serão selecionadas seis propriedades em transição agroecológica no DF e nas quais serão desenvolvidas as atividades de pesquisa, dentro dos três eixos principais do projeto: o manejo fitossanitário, a integração da produção de hortaliças com a produção animal e o manejo de hortaliças. "Essa primeira fase implica no diagnóstico, construído após as visitas a essas propriedades para conhecimento da realidade, e a expectativa é de que em seis meses já possamos ter respostas".
Aifa e Planapo2014 - Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIFA) 2014. O tema instituído pela
Organização das Nações Unidas (ONU) vai ao encontro da dinâmica inserida nas linhas do projeto, partindo-se do pressuposto de que a base maior da transição ecológica encontra-se na unidade familiar.
Para Mariane, tanto a escolha da
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) como o
Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), lançado pelo governo federal em outubro de 2013, são elementos fundamentais, "por conta do alinhamento que o projeto tem com a agricultura familiar e pela importância que as hortaliças apresentam nesse setor".