Embrapa e Proterra planejam iniciar neste ano ação que visa à otimização do uso de agroquímicos na produção de maçã | |
A Embrapa e a Proterra – Engenharia Agronômica, de Vacaria (RS), planejam iniciar, no próximo ciclo produtivo da macieira (a partir de outubro), ação que visa contribuir para a racionalização do uso de fungicidas na pomicultura no país. Trata-se da determinação de técnicas para viabilizar o monitoramento, nos principais polos brasileiros produtores de maçã, da perda de eficácia dos agroquímicos usados no controle de doenças da cultura, por conta do desenvolvimento, pelos fungos que as causam, do mecanismo de resistência (leia mais a seguir) a tais produtos. Com esses métodos será possível identificar os fungicidas que se tornaram ineficientes no manejo, auxiliando, assim, no processo de substituição desses princípios ativos. O processo teve seus ajustes ultimados semana passada, tendo em vista a estada, no Rio Grande do Sul, do pesquisador Kerik Cox, da Universidade de Cornell, nos EUA. Na terça-feira, dia 2, ele foi um dos palestrantes no Seminário sobre resistência de patógenos da macieira aos fungicidas – conceitos, mecanismos e detecção, que aconteceu em Vacaria. Na quinta-feira, 4, e na sexta, 5, Cox apresentou, na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, os métodos que permitem a detecção do desenvolvimento de resistência aos fungicidas de parte dos patógenos que causam danos à pomicultura. Segundo pesquisadores, perda de eficácia dos agroquímicos aumenta resistência dos patógenos Essas metodologias, resumem as pesquisadoras Patricia Ritschel, da Embrapa Uva e Vinho, e Rosa Maria Valdebenito Sanhueza, da Proterra, baseiam-se no uso de ‘marcadores moleculares’ que permitem a identificação de alterações no DNA dos patógenos. A técnica, de acordo com elas, já é usada, no Brasil, em commodities como a soja. Quem a aplica são as empresas fabricantes de fungicidas, que, dessa forma, monitoram a ‘vida útil’ dos produtos por elas desenvolvidos. Em tal contexto, a ação envolvendo Embrapa e Proterra será a primeira do gênero na pomicultura do país. O inicio da obtenção dos métodos para viabilizar o acompanhamento contou com apoio da Estação Experimental de São Joaquim da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). As pesquisadoras Patricia e Rosa sublinham que, como decorrência do monitoramento, serão beneficiados meio ambiente, consumidor e produtor. O ganho se dará pela interrupção do uso de um fungicida que não funciona e que só está ‘sujando’ o ambiente, sem cumprir seu objetivo, que é controlar a doença. Para médio e longo prazo, cogita-se cooperação com a Universidade de Cornell para o desenvolvimento de métodos que permitam a identificação de resistência em outros patógenos de interesse em cultivos de clima temperado, informa Patricia. Estrangeiro bem impressionado com pomicultura brasileira
A resistência
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