Foto: Reprodução/Ilustração

A produção de muda de banana in vitro produzirá até 40% a mais do que as convencionais. Reativado em junho de 2013, o laboratório de Cultura de Tecidos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural, em Várzea Grande, permitiu o início desse trabalho. Com a produção in vitro, as plantas ficaram longe das doenças, pragas, resistentes a Sigatoka Negra e ao Mal do Panamá.

O trabalho de pesquisa é inédito no estado de Mato Grosso e pretende apresentar resultados para o produtor rural até o final de 2015. Conforme o doutor em agronomia e coordenador do laboratório de cultura de tecidos, Gustavo Alves Pereira, os métodos de propagação e produção de mudas in vitro, vem sendo desenvolvidos e aperfeiçoados para elevar a taxa de multiplicação em curto espaço de tempo e melhorar a qualidade das mudas.

O pesquisador detalha que o processo de micropropagação é realizado em fases. A primeira é a escolha da planta matriz, desinfestação do material, estabelecimento, multiplicação, enraizamento e aclimatização das mudas. 
Segundo Alves, o projeto está na fase inicial com a desinfestação das plantas que são coletadas no campo e levadas para o laboratório. As mudas permanecem numa temperatura de 25 graus, durante 40 dias, e seguem para multiplicação durante sete meses.

No laboratório de Cultura de Tecidos as mudas estão recebendo 16 horas de iluminação artificial e 8 horas restantes permanecem no escuro. Conforme Alves, após a multiplicação e desenvolvimento da planta no laboratório as mudas vão para a casa de vegetação e em seguida para o plantio no campo. Para conferir o comportamento da espécie será montado experimentos no Centro Regional de Pesquisa e Difusão de Tecnologia da Empaer, no município de Cáceres. “Pretendemos implantar uma unidade com as mudas de bananeira e acompanhar o crescimento e mostrar para produtores rurais, alunos e interessados no cultivo da cultura”, destaca Gustavo.

O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo a Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) com a finalidade de oferecer mudas de bananeira de qualidade. Gustavo esclarece que 80% dos bananais do Vale do Rio Cuiabá foram dizimados devido ao plantio de mudas propagadas pelo método tradicional (rizoma), que transmitem doenças e pragas para novas áreas. Com a micropropagação será possível obter mudas de qualidade e a introdução de variedades resistentes. 

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Olhar Direto

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