Arranjo é um instrumento de gestão criado pela própria Embrapa que tem por objetivo agregar projetos sinérgicos sugeridos pelas Unidades da Empresa
A Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acaba de receber a aprovação do arranjo “Soluções inovadoras e integradas para a superação da doença huanglongbing (HLB) dos citros”, sob a liderança do pesquisador Eduardo Girardi. Arranjo é um instrumento de gestão criado pela própria Embrapa que tem por objetivo agregar projetos sinérgicos sugeridos pelas Unidades da Empresa.
O trabalho de construção em torno do arranjo sobre o HLB, a mais severa doença dos citros hoje no mundo, vem acontecendo há cerca de um ano e meio sob a coordenação da Embrapa Mandioca e Fruticultura e serviu de modelo para que a Embrapa chegasse ao formato de arranjo lançado em novembro do ano passado. O parecer do Comitê Gestor de Programação (CGP) da Empresa reforça que, “se bem conduzido, esse arranjo poderá ser um modelo de atuação da Embrapa no ataque de problemas extremamente complexos”.
O chefe adjunto de P&D da Unidade, Aldo Vilar, considera que três aspectos foram decisivos para que o arranjo fosse aprovado. “O primeiro é o da gravidade e complexidade do problema para uma importante cadeia, a de citros. O HLB é um problema prioritário para a Unidade, está dentro do nosso planejamento estratégico. Quando a proposta de arranjo veio, já estávamos nos preparando. O segundo aspecto é a articulação com parceiros, tanto da Embrapa quanto externos, mostrando que há realmente um esforço amplo, mas concentrado, com um único foco de resolver o problema. E o terceiro ponto é a qualidade técnica do documento”, avalia.
Integração
Segundo Aldo, o Arranjo HLB vem servindo de experiência para a Unidade esquadrinhar outros arranjos. Já existem discussões em torno de oito temas: novos usos; problemas bióticos prioritários; fusariose; melhoramento genético com foco no desenvolvimento de variedades competitivas; mandioca no Centro-Sul do país; dois de sistemas de produção, sendo um de abacaxi e outro de mamão; além de um arranjo que envolve sistema de produção nos tabuleiros costeiros, que deve ser liderado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE).
O coordenador técnico do trabalho, o pesquisador Eduardo Girardi, explica que o Arranjo HLB deve durar dez anos. “Nesse período, são vários projetos que se iniciam, acabam e se multiplicam na Embrapa. O arranjo vai fazer com que os integrantes dos projetos conversem e caminhem juntos para solucionar o problema.”
O Arranjo HLB envolve 26 projetos. Já existem 11 em execução e 15 novas propostas. No total, esses projetos estão agrupados em sete abordagens, devidamente interligadas: biomatemática, sistemas de produção, controle biológico, biotecnologia, analítica, melhoramento convencional e gerenciamento do arranjo.
As Unidades que compõem o arranjo são: Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP), Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF), Embrapa Florestas (Colombo, PR), Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE), Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus, AM), Embrapa Semiárido (Petrolina, PE), Embrapa Meio Norte (Teresina, PI), Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), Embrapa Acre (Rio Branco, AC), Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS), Embrapa Produtos e Mercado (Brasília, DF), além da Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa Sede (Brasília, DF) e dos Laboratórios Virtuais no Exterior (Labex EUA e Labex Europa). Há ainda 17 parceiros externos.
Fonte: RITDA-INOVA DEFESA
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