Os municípios são grandes produtores da hortaliça e abastecem os mercados consumidores da capital. O projeto incentiva a melhoria da produção, levando em consideração a necessidade de cuidar também de todos os elementos envolvidos na atividade: solo, água, planta e o agricultor.
O engenheiro agrônomo e coordenador técnico de Horticultura daEmater-MG, Wagner Santos Fani, explica que a proposta é aprimorar o sistema produtivo em vigor. “Para cada um desses itens (solo, água, planta e homem), listamos cuidados que devem ser avaliados e implementados”.
No elemento solo, onde tudo começa, é preciso coletar amostras para análise da fertilidade e assim corrigir eventuais deficiências nutricionais. Para combater pragas e doenças que atacam as plantas, orientamos o melhor controle, bem como o uso de produtos alternativos, como óleo de nim e caldas, além da colocação de barreiras vegetais.
Na água, é necessária a avaliação do licenciamento, quantidade e qualidade. O primeiro passo a ser realizado pelo agricultor é o licenciamento ambiental da propriedade e a autorização de uso da água, a outorga. O item qualidade da água, bem como o volume a ser utilizado, são avaliados por meio de análises e medições da vazão dos sistemas de irrigação por aspersão e sensores de umidade do solo.
“Em relação ao agricultor, chamamos a atenção para que seja feito o controle da produção, anotando os custos relacionados a cultura, comercialização, utilização e armazenamento adequados de produtos químicos, além dos cuidados com a saúde do trabalhador”, explica.
De acordo com o agrônomo, esse é um projeto-piloto que nasceu a partir da observação dos extensionistas junto aos agricultores desses locais. “O projeto começou nesse semestre, após um diagnóstico. Muitas vezes, o produtor quer um resultado mais rápido e acaba esquecendo de outros aspectos importantes”, argumenta Wagner Fanni.
Até o momento, a Emater-MG já atendeu a três propriedades, duas em Mário Campos e uma em Sarzedo, mas segundo o coordenador técnico regional, o projeto deverá se estender para outros municípios da Região Metropolitana. “A sociedade está pedindo produtos mais sustentáveis e a maioria dos 34 municípios metropolitanos planta hortaliças”, diz.
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