Pequenos agricultores do município de Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá, estão apostando no cultivo do caju como fonte de renda. A cultura pode complementar o faturamento e encontra boas condições de cultivo na região.
A Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), em conjunto com a Secretaria Municipal de Agricultura de Tangará da Serra, desenvolve um projeto na cidade em que estimula os agricultores a aderirem a fruticultura. O coordenador do projeto, Willian Krause, explica que o objetivo é mostrar, principalmente para o pequeno produtor, que é viável plantar frutas no município em escala comercial.
“A fruticultura traz um retorno em um pequeno espaço de terra. Então, é uma excelente saída para que o produtor possa ter um aumento de renda”, afirma. Além disso, ele diz que as condições ambientais do local colaboram para o cultivo. “A gente precisa de irrigação, mas o solo e o clima apresentam condições favoráveis, principalmente para as fruteiras tropicais”, completa.
Valdomiro Massaroto mora em Tangará da Serra e cultiva vinte cajueiros para o consumo da família. O agricultor se interessou em investir na cultura para aumentar a fonte de renda. Este ano, ele ficou preocupado com o surgimento da resinose, doença que provoca queda das flores e do fruto jovem e também da antracnose. “Quando a doença ataca o broto, ele seca. Perde mais da metade da produção”.
O especialista em fruticultura, Carlos Távora, adverte que pode haver um grande comprometimento da produção se não se fizer o combate adequado da antracnose. “Ela ataca a parte mais importante da planta que é a formação do fruto, praticamente queima ele. Tem que começar a fazer pulverizações preventivas com defensivos fúngicos porque se deixar a doença entrar na planta fica difícil fazer o controle”.
Uma boa opção para o agricultor é fazer o consórcio do caju com a ovinocultura, por exemplo. Assim os frutos que não servem para o consumo humano servem de alimentação para os animais.
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