O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem a proposta que fixa o preço mínimo da laranja em R$ 10,10 por caixa de 40,8 quilos. Em agosto do ano passado, o mesmo valor foi fixado, e em dezembro o benefício foi estendido até março.
Produtores da fruta de São Paulo, Estado que reúne o maior parque citrícola do mundo, pressionavam pela inclusão da commodity na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para ajudar a elevar as cotações. No mercado spot de São Paulo, a caixa de laranja destinada às indústrias de suco vem sendo negociada por volta de R$ 7,80, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Cepea/Esalq), valor inferior aos custos médios de produção da fruta no Estado. O preço mínimo fixado no ano passado foi a base para os arremates realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) por meio dos leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). O governo agiu para elevar o preço do produto no mercado, que caiu de forma acentuada. Nos 11 leilões realizados pela Conab, o governo bancou subsídios de R$ 4,48 a caixa, em média. À época, o preço pago ao produtor pela caixa chegou a R$ 6. Para os citricultores, a realidade mudou pouco desde 2012. Depois de duas supersafras seguidas, os estoques de suco brasileiro cresceram e o movimento se refletiu nos preços pagos pelas indústrias aos citricultores. Mesmo com valorizações do suco na bolsa de Nova York neste ano, a pressão perdurou.
Fonte
CNA-SENAR
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