O clima prejudicou o cultivo do tomate. Em Goiás, além da queda na produtividade, o custo da lavoura aumentou.
No município de Leopoldo de Bulhões, a 60 quilômetros de Goiânia, a cultura de tomate é predominante. Goiás é o maior produtor de tomate do país e a região centro-oeste é responsável por 40% da produção do estado. O clima não ajudou e a safra deste ano está comprometida.
“Primeiramente nós tivemos o problema da falta de chuva, depois ficou muito quente, começou a chover, então a consequência desta variação é muita bactéria, muita praga e muita doença”, explica o engenheiro agrônomo Adair Balduino.
Vanderlei Cordeiro plantou 55 mil pés de tomate e esperava colher, em média, 22 mil caixas de 20 quilos cada, mas por causa do problema com o clima, a produção deve cair pela metade. Para piorar, o custo de produção subiu.
O reflexo do campo está sendo sentido nas Centrais de Abastecimento. Em uma delas em Anápolis, comerciantes vão comprar tomate para revender em outros pontos e reclamam que o preço está alto e o produto, ruim.
Para tentar fugir dos preços altos, tem comerciante abrindo mão até da qualidade do produto. Muitos levam o tomate de segunda, pequeno, mas a diferença nos preços é grande. A caixa do tomate de segunda é vendida por R$ 30, R$ 35, enquanto o tomate de primeira não sai por menos de R$ 80 e em muitas bancas é possível encontrar o mesmo produto por até R$ 100.
O tomate foi um dos responsáveis pela alta da inflação dos alimentos em março e isso deve se manter em abril, mas o agricultor não está se beneficiando com isso.
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