Entidade quer análise e justificativa mais detalhada para evitar prejuízos aos exportadores da fruta. Reunião sobre o tema será realizada em Brasília nesta quinta-feira, 18


O prejuízo ocasionado ao setor do mamão devido às retenções de cargas da fruta na vistoria realizada pelo Serviço de Inspeção Vegetal e Animal (APHIS), do Departamento de Agricultura dos EUA, na entrada da fruta no país norte americano está afetando os exportadores brasileiros. A inspeção faz parte do processo de manutenção da qualidade do alimento consumido no país, porém, ultimamente, as empresas brasileiras reivindicam uma análise mais criteriosa para justificar a retenção das cargas.

Visando debater o tema e propor soluções para o problema, a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex) vai apresentar, durante reunião na Câmara de Fruticultura, em Brasília, nesta quinta-feira (18), a visão do setor do mamão nacional sobre o assunto. “Na mínima suspeita de que alguma praga encontrada na carga seja quarentenária, os fiscais condenam a carga que, muitas vezes, tem que ser destruídas ou trazidas de volta ao Brasil. O prejuízo é grande para os exportadores de papaya e acreditamos que é possível uma solução diplomática para o problema”, destaca José Roberto Macedo Fontes, diretor técnico da Brapex.

De acordo com o presidente da Brapex, Rodrigo Martins, na hipótese de algum problema na carga, o serviço americano de inspeção retém as frutas e demora em dar um retorno sobre a situação. Esse tempo é precioso, pois a fruta amadurece e perde valor no mercado causando prejuízos aos exportadores. “Queremos uma análise mais detalhada, já que, em algumas situações, o inseto suspeito pode não ser considerado quarentenário nos EUA, e, muitas vezes, o fiscal americano pode, na dúvida, condenar a carga”, diz Martins.

A Brapex ressalta a necessidade de manter a qualidade das frutas exportadas para todos os mercados consumidores, seguindo critérios e padrões de boas práticas agrícolas, como é realizado desde o início das exportações do mamão nacional que se tornou referência no exterior, porém discorda de algumas medidas adotadas. “Não pode reter uma carga e mandar destruir, ou deixar a fruta em espera, sem uma justificativa concreta”, finaliza o presidente da Brapex.

Fonte

Portal Dia de Campo

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