Encontro na sede do Sistema CNA/SENAR, em Brasília, auxilia produtores no processo de adaptação da propriedade às regras do novo Código Florestal






Auxiliar o produtor no processo de adaptação de sua propriedade às regras do novo Código Florestal, propor ações adicionais para simplificar o registro de novas cultivares, discutir os efeitos e impactos da Lei 12.619/2012 – a lei dos caminhoneiros - e avaliar questões envolvendo a demarcação de terras indígenas. 

Estes são alguns dos desafios da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, a Pró-Horti, segundo seu presidente, o deputado Junji Abe (PSD-SP). Parlamentares que integram a frente, criada há dois anos, técnicos do Governo federal e especialistas reuniram-se hoje, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, para debater a situação do setor. 

Para cumprirem com as regras da nova lei ambiental, muitos produtores, especialmente pequenos e médios, terão de deixar de produzir em parte de suas propriedades, principalmente naquelas localizadas nas margens dos rios. Também há necessidade de manter uma área de reserva legal. 

Acrescentou que, no caso das novas cultivares, o registro pode demorar de 3 a 5 anos para ser concluído, prazo muito extenso. Outro problema para o setor é a lei dos caminhoneiros, que obriga a parada dos condutores, mesmo para aqueles que dirigem veículos com cargas perecíveis, como é o caso dos hortifrutiflorigranjeiros. “A demarcação de terras é um problema para todos. Não somos contra os índios, mas não concordamos com a forma de condução do processo”, afirmou. 

Presente ao encontro, o vice-presidente executivo da CNA, Fábio de Salles Meirelles Filho, destacou a importância dos hortifrutiflorigranjeiros para o País, especialmente quanto à geração de empregos. 

De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort), Carlos Schmidt, que integra a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a horticultura ocupa cerca de 900 mil hectares no País, atividades que geram de 3 a 7empregos por hectare, além das ocupações indiretas. 
O presidente da Pró-Horti citou outros números expressivos do segmento. A produção de frutas foi de 45 milhões de toneladas em 2011, volume que garantiu R$ 17,7 bilhões em valor da produção. O mercado interno absorveu 95% do volume produzido. 

No ano passado, foram produzidos 31,7 bilhões de ovos no Brasil, com consumo per capita anual de 161,53 unidades. Praticamente toda a produção nacional - 99% - é consumida no mercado interno. 

Estão envolvidos com a produção de flores no Brasil 9 mil produtores, que cultivam cerca de 11,8 mil hectares. A atividade garantiu faturamento de R$ 4,8 bilhões em 2012. 

O parlamentar lembrou que há potencial para crescimento, especialmente em termos de consumo. Segundo ele, os brasileiros consomem 27 quilos de hortaliças por ano, enquanto na Itália, o consumo é de 158 quilos por habitante. No Brasil, o consumo de frutas é estimado em 57 quilos por ano, contra 223 quilos no Canadá. 

Lista – Também estão na lista de prioridades da Pró-Horti a pesquisa, a assistência técnica e a capacitação dos produtores. No caso das flores, este último trabalho tem sido desenvolvido em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), segundo a presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, do MAPA, Sílvia van Roijen. 



O deputado Junji Abe defendeu, ainda, o fortalecimento do sistema de comercialização. “Este é um gargalo muito grande”, afirmou. 

Fonte

Assessoria de Comunicação da CNA

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