O investimento inicial para o cultivo do abacaxi por hectare gira em torno de R$ 13 mil com irrigação, contando que cada fruto leva de um a dois anos e meio para ficar maduro e pode ser vendido de R$ 1 a R$ 1,40.
O custo de produção é relativamente alto, entretanto, se produtor adquirir conhecimentos sobre a cultura, terá mais chances de fazer a produção render e ocasionar mais facilmente a rentabilidade. A afirmação é do instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS – Sistema Famasul), Carlos Alberto Salgueiro que conduzirá em Campo Grande, quatro dias de capacitação com o curso ‘Plantio e Manejo Básico de Pomar – Cultivo de Abacaxi’, entre 25 e 28 de fevereiro.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil é o maior produtor mundial de abacaxi, uma das frutas favoritas da população brasileira. Em 2013, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País produziu 1,5 milhões de toneladas da fruta. Para incentivar o mercado, aumento do consumo e da produção em Mato Grosso do Sul, Senar/MS objetiva capacitar 12 profissionais em Campo Grande. "Fruto de qualidade pode ser vendido em qualquer lugar. Colhendo frutos de bom tamanho, em média 1,7 kg, o produtor pode vender in natura para grandes mercados e aumentar sua renda a cada produção", ressalta Salgueiro, ao lembrar que o cultivo do abacaxi necessita de mão-de-obra qualificada, fomenta a capacitação e gera empregos.

A capacitação do Senar/MS abrange desde o plantio e sanidade até a comercialização da fruta. "O solo e o clima não só de Campo Grande, mas de outras regiões Estado favorecem o cultivo da fruta devido às altas temperaturas que apresentam. Reflexo disso é a produção significativa em regiões como no Vale do Ivinhema, Campo Grande, Terenos, Naviraí e Camapuã. Mesmo com alta produtividade, Mato Grosso do Sul ainda importa a fruta de estados como São Paulo e Minas Gerais", destaca Salgueiro, que além de engenheiro agrônomo, é produtor de abacaxi.

A capacitação abre espaço para o cultivo das variedades Hawai e Pérola, as mais tradicionais no Brasil. A primeira conhecida pelo sabor amargo, enquanto que a segunda é procurada por seu teor adocicado. Segundo Salgueiro, o consumo crescente das variedades da fruta possibilita retorno financeiro ao pequeno produtor.  "A produtividade do abacaxi é alta, o que possibilita ao produtor colher de 15 a 40 mil frutas por hectare, variando de acordo com o espaçamento entre elas. O abacaxi precisa de espaço para se desenvolver, fase que leva em média seis meses”, afirma o instrutor do Senar/MS, ao alertar que o processo de irrigação pode antecipar a colheita.

Salgueiro destaca a necessidade da seleção das mudas." É importante classificar as mudas propícias para cultivo. Mudas que apresentam doenças podem fazer o produtor perder a maior parte ou toda a produção", relata o instrutor do Senar/MS, que indica aos participantes do curso iniciarem a produção em poucos hectares.

De acordo com o Senar/MS, outras quatro capacitações para o cultivo de abacaxi estão previstas para este semestre nos municípios de Camapuã, Nioaque, Sidrolândia e Terenos. Na última semana deste mês, além do curso de Cultivo de Abacaxi, a entidade oferecerá outros 68, distribuídos pelo Estado. Para participar e obter informações é preciso entrar em contato com os Sindicatos Rurais ou acessar o site www.senarms.org.br.

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Rural Centro

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