A Sigatoka Negra foi identificada recentemente em Angra e Paraty, por meio da ação de levantamento fitossanitário na cultura da banana, feita regularmente por técnicos da Defesa Sanitária, da Secretaria de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro. Focos da doença foram localizados às margens da rodovia Rio-Santos, no município de Paraty, e em uma propriedade no bairro do Ariró, em Angra.

Para impedir a expansão da doença, a subsecretaria de Agricultura convocou a todos os produtores de banana do município para uma reunião a ser realizada amanhã, às 14 horas, no Sindicato dos Arrumadores Portuários (Rua do Comércio, nº 84, em frente ao Clube Comercial). No encontro, eles serão orientados sobre como evitar, tratar e conter a proliferação da doença Sigatoka Negra, causada pelo Fundo Mycosphaerella fijiensis.


Segundo informações da subsecretaria, a Sigatoka Negra causa prejuízos às produções, pois seca as folhas e enfraquece a planta, ocasionando a diminuição das pencas e dos frutos, além da perda do valor comercial. “Os sintomas iniciais da doença aparecem como uma leve descoloração em forma de ponto, entre as nervuras secundárias da segunda à quarta folha, a partir da vela”, informa a pasta, acrescentando que a contagem das folhas é feita de cima para baixo.


Ainda segundo a subsecretaria, técnicos da Defesa Sanitária Estadual (DSE) estão agora fazendo novos levantamentos para avaliar a área de dispersão e todas as medidas necessárias para contenção da doença. Desde a confirmação, os técnicos da DSE se reuniram com a Subsecretaria de Agricultura do município, para traçar um plano de contenção da praga.


“A prefeitura já está atuando para evitar a dispersão da doença. Estamos planejando investir na multiplicação de variedades de banana resistentes ao fungo, visando a garantir a produção dessa fruta que é tradicional em nossa região”, destacou o subsecretario de Agricultura, Rafael Ribeiro.


Para o produtor rural, as orientações iniciais são que se evite o uso de caixaria de madeira e não transportar a banana em cacho.


De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Sigatoka-negra é a mais grave e temida doença da bananeira no mundo, implicando em aumento significativo de perdas, que podem chegar a 100% da produção, onde o controle não é realizado. A doença, que ataca severamente as variedades tipo Prata e Cavendish, não apresenta risco para o ser humano.

Fonte

A voz da cidade

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