Como explicou a assistente de planejamento do Núcleo, Silvana Catarina Sales Bueno, quem mais lucra com a técnica é o meio ambiente com a preservação do solo e dos recursos hídricos. “Um estudo de viabilidade econômica foi realizado e concluiu que o gasto é o mesmo do sistema convencional, mas com um ganho ambiental e ecológico que é imensurável”, destacou a pesquisadora.

Os coletores substituem o tratamento com brometo de metila, tóxico à natureza e já fora de mercado, por caixas com fundo de metal que armazenam o calor do sol. O substrato é colocado nestes recipientes que medem, em média, 1,10m por 1,10m e fica nos coletores por um dia, de uma manhã à outra, para receber a alta temperatura.

O calor máximo das caixas deve ser de 70ºC, justamente porque o uso do coletor permite a sobrevivência de microrganismos termotolerantes, que são benéficos e impedem a reinfestação pelo patógeno, sendo que uma temperatura mais elevada é capaz de mata-los. Isso não ocorre nos tratamentos com brometo de metila e autoclaves que esterilizam o solo, criando um vácuo biológico.

Comparado com outros sistemas tradicionais de desinfestação como autoclaves, fornos à lenha ou aplicação de brometo de metila, o coletor apresenta diversas vantagens: não consome energia elétrica ou lenha, é de fácil construção e manutenção, não apresenta riscos para o operador e tem baixo custo. De acordo com Silvana, qualquer marceneiro pode fabricar as caixas, tornando a tecnologia muito mais acessível a todos.

“Iniciativas como esta mostram a preocupação do Governo do Estado de São Paulo em transferir sua tecnologia para o campo e fazer uma agricultura mais amiga do meio ambiente. Com atitudes assim, estamos unindo produtividade e respeito aos recursos naturais, como sempre nos orienta o governador Geraldo Alckmin”, ressaltou o secretário Arnaldo Jardim.

Esses patógenos incluem diversas espécies de fungos, bactérias e nematoides. Eles devem ser eliminados porque podem destruir as sementes ou outros órgãos de propagação, causar tombamento de plântulas, apodrecimento e destruição de raízes ou murcha, devido a danos no sistema vascular.

Como consequência, há uma queda na quantidade e qualidade da produção, originando sérios prejuízos ao agricultor. As mudas infectadas e os substratos contaminados disseminam os patógenos para novas áreas, além de propiciar o surgimento de doenças desde o início do ciclo da cultura.

O Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do Sapucaí foi criado em 1944 e atualmente produz cerca de 37 variedades de mudas frutíferas, além de 50 tipos de mudas florestais nativas e matrizes e mudas de morango. Até novembro deste ano, a unidade foi responsável pela produção de 73.045 unidades, com demanda maior sempre pelas frutíferas.

FONTE

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação Social da SAA
Hélio Filho – Jornalista
Telefone: (11) 5067-0069

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