As vespinhas não passam de um milímetro e precisam se alimentar dos psilídeos jovens para se reproduzir. O novo laboratório doFundecitrus em Araraquara foi montado em parceria com aUniversidade de São Paulo (USP) de Piracicaba (SP).
Os pesquisadores cultivam vasos de murtas, onde os psilídeos costumam botar ovos, em estufas. Em seguida são colocadas plantas junto com as vespinhas, que depositam ovos nos psilídeos jovens, chamados de ninfas. Ao nascerem, as larvas comem as ninfas e, assim, evitam a reprodução dos insetos do greening. “Uma única tamaríxea consegue controlar no campo até 600 psilídeos”, disse o pesquisador do Fundecitrus, Marcelo Pedreira de Miranda.
Pesquisa
O laboratório tem capacidade para produzir 100 mil vespinhas por mês. Durante os testes, cientistas descobriram que, em uma única área, os predadores podem eliminar até 90% dos insetos que transmitem a doença. O próximo passo é soltar as vespas nas plantações.
A equipe vai liberar os insetos em áreas onde não há pulverização. “Pomares não comerciais, fundos de quintais, cemitérios e áreas urbanas onde há murta, por exemplo”, explicou o gerente geral doFundecitrus, Antônio Ayres.
Essas ações vão ajudar a diminuir a doença, que já atingiu 60% dos pomares paulistas. “Para que esses insetos morram antes de migrar para as áreas comerciais, o que viria a ocasionar grande prejuízo ao citricultor”, comentou Ayres.
Produção
O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo. No Estado de São Paulo, a citricultura movimenta a economia de 375 cidades. A laranja é a terceira cultura mais importante do Estado, atrás da cana-de-açúcar e da pecuária.
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