A portaria – clique aqui para acessar – com a relação das pragas foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 24 de agosto de 2015. Segundo o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do ministério, Luís Rangel, a dinâmica da agricultura e a pressão das pragas determinam que o governo revise suas prioridades, a fim de disponibilizar produtos mais adequados às reais necessidades do agricultor.
De acordo com Rangel, o próximo passo será a definição, pelo ministério, do procedimento de levantamentos fitossanitários integrados com o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária para identificar as prioridades ano a ano.
Saiba mais
Ferrugem da Soja (Phakopsora pachyrhizie)
É uma doença da soja causada por um fungo que se dissemina pelo ar e que possui grande potencial de dano. Entre as medidas de controle para a praga, estão as aplicações de fungicidas nas lavouras, que têm grande impacto no custo de produção. Além disso, ações de vazio sanitário também vêm sendo implementadas nos estados, a fim de combater a praga. A opção por defensivos sempre precisa ser revista, visando o manejo da resistência do fungo.
Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum)
O mofo branco é uma doença com poucos produtos fitossanitários disponíveis, o que torna o seu manejo complexo. A principal forma de controle é com a integração de estratégias como a rotação de culturas e variedades tolerantes, além de produtos químicos e biológicos. É uma praga relacionada às condições ambientais.
Helicoverpa armigera e Broca do Café (Hypothenemus hampei)
São pragas para as quais foram declarados estado de emergência fitossanitária nos últimos anos. Por isso, é necessário um processo de prioridade para oferecer alternativas regulares e produtos para dar sustentação ao controle dentro dos princípios do manejo integrado de pragas.
Mosca Branca (Bemisia tabaci)
É uma praga polífaga (que ataca várias culturas) e de difícil controle. Os produtos registrados disponíveis precisam da alternância de mecanismos de ação para evitar a resistência genética.
Nematoides (Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita, Heterodera glycines e Pratylenchus brachyurus) e Ervas daninhas resistentes(Conyza bonariensis e Digitaria insularis)
São pragas consideradas pelas principais sociedades cientificas nacionais como de importância econômica para a agricultura. Para um controle eficiente, é necessária uma busca por alternativas mais modernas e menos tóxicas. Além disso, é fundamental a adoção de medidas que visem a reduzir a resistência genética causada pelo uso repetido dos mesmos mecanismos de ação.
Bicudo do algodoeiro (Antonomus grandis)
É a praga mais importante e limitante para a cultura do algodoeiro no Brasil. O governo conta com políticas específicas e programas de controle da praga. Esta política carece, no entanto, de mais alternativas de produtos fitossanitários para assegurar competitividade com viabilidade de custo no controle da praga.
FONTE
Agência Brasil
Stênio Ribeiro – Repórter
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Cláudia Lafetá – Jornalista
Beto Coura – Edição