 O esforço da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para obter do governo federal uma solução para a crise da cafeicultura brasileira surtiu efeito. Foram intensas negociações técnicas com os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Fazenda e da Casa Civil até a publicação, na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União (DOU), da portaria interministerial nº 842, que estabelece os parâmetros para o lançamento dos contratos de opção para venda de café arábica.
Depois de o setor produtivo amargar prejuízos com os preços de venda inferiores ao custo de produção, o governo fixou novos valores para as opções de café. Foi estabelecido o valor de R$ 343 por saca de 60 quilos, com vencimento em março de 2014. O valor remunera boa parte dos produtores, que têm conseguido comercializar o produto no mercado físico por R$ 281,57, segundo o indicador Cepea/Esalq para o café arábica do dia de ontem. No entanto, é inferior ao custo de produção das principais regiões localizadas em áreas montanhosas, onde o custo por saca supera R$ 350.
Com a publicação da portaria – assinada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Antônio Andrade, e pelo ministro interino da Fazenda, Dyogo Henrique de Oliveira - foi concluída mais uma etapa do processo de lançamentos dos contratos. Os leilões devem ser realizados cinco dias úteis após a publicação do aviso. A publicação será feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na próxima semana.
A CNA avalia que o lançamento dos contratos de opção de venda por parte do governo dará segurança para que o produtor de café possa comercializar parte de sua safra ao preço de exercício definido para os leilões.
Serão ofertados contratos para três milhões de sacas de café, operação que demandará R$ 1,050 bilhão em recursos.
Acesse a Portaria Interministerial Nº 842, de 5 de setembro de 2013: http://www.canaldoprodutor.com.br/biblioteca/legislacao/portaria-in...
Fonte
CNA-SENAR
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