Produção de arábica deve aumentar 1,9% puxada por Zona da Mata de Minas e Paraná; volume de robusta deve ser menor, em função da queda no Espírito Santo



O Brasil deve colher neste ano 44,28 milhões de sacas de 60 quilos de café. A estimativa, a segunda para 2015, foi divulgada nesta terça-feira (9/6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número representa uma queda de 2,3% em relação ao ciclo anterior, quando a safra atingiu 45,34 milhões de sacas.

Do total, os cafezais da variedade arábica devem render 32,91 milhões de sacas, o que corresponde a 74,3% da produção nacional. A produção deve crescer 1,9% em relação à safra passada. “O resultado se deve, principalmente, ao expressivo crescimento de 34% (1.736,5 mil sacas) na região da Zona da Mata mineira, que compensou as perdas nas demais regiões do estado, sobretudo, nas regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste”, diz o relatório, destacando também a produção no Paraná, que deve dobrar, passando de 558,6 mil para 1,150 milhão de sacas.

A variedade robusta (conilon) deve chegar a  produzir 11,35 milhões de sacas de 60 quilos, uma queda de 13% em relação a 2014. “Esse resultado se deve, principalmente, à queda da produção no Espírito Santo, maior estado produtor da espécie, causada pela estiagem da atual safra”, informa a Conab. O voluem deve cair 18% nesta safra, com a colheita de 10,5 milhões de sacas de 60 quilos.

Principal estado produtor, Minas Gerais deve colher 23,64 milhões de sacas, um crescimento de 4,4% em relação ao ano de 2014. Em São Paulo, a safra de café deve cair 16,4%, de 4,588 milhões de sacas em 2014 para 3,834 milhões neste ano.

O relatório mostra ainda um crescimento da área plantada no país, considerando os tipos arábica e conilon. Os cafezais do Brasil devem somar 2,258 milhões de hectares. Desse total, 316,5 mil hectares (14%) estão em formação. Já a área em produção é calculada em 1,942 milhão (86% do total), 0,2% a menos que no ano passado (1,947 milhão de hectares).

A Conab realiza quatro levantamentos da safra de café ao longo do ano. O primeiro foi divulgado em janeiro, com uma estimativa relativa ao período de pós-florada, quando a companhi estimou que a colheita poderia ficar entre 44,11 milhões e 46,61 milhões de sacas. No cenário mais pessimista, o volume seria 2,7% menor que o do ano passado e no mais otimista, haveria um crescimento de 2,8%.  

O relatório desta terça-feira se baseia no período de pré-colheita. O próximo, previsto para agosto, traça um panorama da cafeicultura nacional em plena colheita. E o quarto levantamento, previsto para dezembro, considera a pós-colheita de 2015.

Fonte

Globo Rural



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