Certifica Minas Café permitirá a produtores obterem licença de padrão internacional

Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho, assina protocolo que fomenta a cafeicultura mineira19 de Maio de 2015 , 15:01 
Atualizado em 27 de Maio de 2015 , 15:52

secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Mi..., assinou na terça-feira (19/5), no encerramento do fórum do Coffee Dinner, em São Paulo, um acordo com a Associação 4C – Código Comum para a Comunidade Cafeeira, que garante benefícios imediatos e sem custo aos produtores inseridos no programa Certifica Minas Café (CMC).

A iniciativa permitirá a abertura de mercados internacionais para o produto mineiro. Os cafeicultores que forem certificados pelo CMC poderão obter a Licença 4C sem a necessidade de uma auditoria própria para o uso do Padrão 4C. Este padrão é adotado pela associação internacional que congrega alguns dos maiores atores do mercado mundial de café, como Nestlé, Tchibo e Kraft, entre outros.

A assinatura do protocolo foi possível após uma comparação técnica dos padrões adotados pelo Certifica Minas Café e pela Associação 4C para certificação do café produzido com critérios de sustentabilidade.

O processo, que atesta a qualidade dos critérios adotados pelo programa mineiro, foi realizado pela empresa de auditoria IMO Control do Brasil, com supervisão da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas ... e da Associação 4C.

O Certifica Minas Café é um programa gerenciado pelo IMA e pela Emater-MG para orientar e certificar cafeicultores que adotam práticas sustentáveis capazes de permitir a rastreabilidade, manutenção e melhoria da qualidade para valorização do produto e a consequente conquista de mercados.

Atualmente, o programa abrange mais de 1.600 propriedades mineiras, que serão beneficiadas diretamente pelo protocolo que será assinado pelo secretário João Cruz. Segundo Newton Moraes, da Seapa, “os cafeicultores inscritos no CMC passam a contar com mais esta oportunidade de dar visibilidade ao seu trabalho e ao seu produto e, por outro lado, tornam cada vez mais conhecida esta iniciativa mineira de contribuir para uma produção sustentável.”

Sobre a Associação 4C

Surgida originalmente na Alemanha, conta com a participação de diversos órgãos de países da União Europeia também para certificar o café verde de acordo com uma série de critérios econômicos, sociais e ambientais na produção, processamento e comércio sustentável do produto.

Hoje, a entidade tem mais de 300 membros espalhados em 21 países e já certificou com o padrão de entrada mais de 360 mil produtores que, segundo a associação, têm potencial para a produção de 38 milhões de sacas.

Dados do Café em Minas Gerais

- Safra em 2014: 22,6 milhões de sacas.

- Previsão de safra para 2015: 23,3 milhões de sacas.

- Geração de empregos (estimativa): 500 mil diretos e 1,5 milhão indiretos.

Regiões produtoras (previsão 2015):

        Sul de Minas e Centro-Oeste, com uma produção de 10,5 milhões de sacas, em uma área colhida de 477 mil hectares.

        Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste, com produção de 5milhões de sacas, em uma área colhida de 170 mil hectares.

        Zona da Mata, Rio Doce e Central, com uma produção de 7 milhões de sacas, em uma área colhida de 293 mil hectares.

        Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri, com 768 mil sacas, em uma área colhida de 34 mil hectares.

Principais cidades produtoras (previsão 2015):

·         Patrocínio, no Alto Paranaíba, com 850 mil sacas.

·         Araguari, no Triângulo, com 450 mil sacas.

·         Serra do Salitre, no Alto Paranaíba, com 400 mil sacas.

·         Manhuaçu, na Zona da Mata, com 366 mil sacas.

·         Nova Resende, no Sul de Minas, com 330 mil sacas de café.

Exportações: em 2014, foram exportadas cerca de 21 milhões de sacas, somando, aproximadamente, US$ 4 bilhões. O Brasil ainda exporta para mais de 72 países.

Maiores consumidores: Brasil (44,01%), Indonésia (7,76%), Etiópia (7,32%), México (5,10), Índia (4,15%) e Vietnã (3,43%).

Fonte

Agricultura

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