Foto: Emater/MG

Sinônimo de hospitalidade, pausa na correria ou ainda de família reunida em volta da mesa, o café se tornou paixão nacional. É uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros. Cientes de que o mercado é competitivo, os agricultores familiares estão cada vez mais empenhados na produção de grãos especiais e disputados. Para os mineiros, o resultado de tanta dedicação pode garantir a vitória no 12º Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, com inscrições abertas até 8 de setembro.

Podem participar cafeicultores das regiões do Cerrado, da Chapada de Minas, das Matas de Minas e do Sul de Minas. Para concorrer, os produtores devem cultivar grão tipo arábica – usado no preparo de cafés especiais e gourmet, pois possui aroma e doçura diferenciados, além de acidez, corpo e sabor característicos de cafés de qualidade. Serão julgados em duas categorias: Café Natural e Café Cereja Descascado.

Foi nessa segunda categoria que o agricultor familiar Greciano Lacerda, do município de Espera Feliz, conquistou o título de melhor café do estado em 2014. O prêmio, obtido graças ao apoio da família e à contribuição de um profissional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), agregou valor à produção e ampliou mercado para o café produzido por Greciano. “Nosso produto já está em vários estados do país e recentemente fechamos negócio com um fornecedor japonês. Tem gente do outro lado do mundo experimentando nosso café”, conta orgulhoso.

O cadastro para participar da competição deve ser feito nos escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater/MG). Ao fazer a inscrição, o agricultor deve entregar as amostras do café, além do termo de conhecimento e concordância com o regulamento do concurso. A participação é isenta de taxas.

Ingrediente secreto

“O segredo de um café de qualidade é o amor”, revela Greciano. O agricultor familiar acrescenta que a dedicação à atividade é apenas um elemento. Ele também atribui o sucesso de seu café a experiência adquirida com os pais e o suporte do técnico de Ater que o acompanha desde o começo. “Antes a gente não conhecia as características de cada café. Tínhamos a experiência adquirida com a família e boa vontade. Faltava método”, lembra.

Os técnicos de Ater são profissionais que vão até às propriedades familiares, fazem, juntamente com os agricultores, um diagnóstico da produção e passam a realizar visitas frequentes com intuito de colaborar com o planejamento e a modernização de processos. Na maioria dos casos, acabam virando amigos da família. Júlio de Paula, que acompanhou a produção de Greciano, é um bom exemplo.

O extensionista conta que a relação surgiu graças à troca de experiências constante, que existe entre técnico e agricultor. “Nosso trabalho não é chegar à propriedade, fazer um estudo e entregar um relatório cheio de soluções complicadas para a produção do agricultor familiar. Trocamos ideias e experiências, até chegarmos a um ponto comum. O objetivo é compartilhar a mesma proposta e colocá-la em prática”, explica. 

 

Cafeicultura familiar brasileira

No Brasil, a produção de café gera renda para mais de 650 mil agricultores familiares, que contam com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para estruturar suas propriedades e comercializar o grão. Dados do Censo Agropecuário mais recente revelam que os cafezais estão em quase 200 mil estabelecimentos da agricultura familiar, distribuídos em 1.468 municípios diferentes em todo o País. No entanto, a maioria da produção, 95%, está concentrada nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Rondônia e Bahia.

 

Sobre o concurso

Para mais informações sobre o concurso, acesse o site oficial da Emater/MG, entre em contato pelo telefone (35) 3821-0020 ou pelo e-mail:uregi.lavras@emater.mg.gov.br.

 

Fonte

MDA

Ranyelle Andrade

Ascom/MDA

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