Inúmeros pesquisadores já verificaram que o aproveitamento de subprodutos da mandioca, como a rama da planta, pode ser útil na alimentação de animais. Já que a maior deficiência de alimentos para animais ocorre no período seco, surgiu a ideia de intensificar a produção de ramas de mandioca, com o objetivo de ensilá-la, ou seja, produzir uma reserva de alimento para o inverno. Contudo, a qualidade nutricional e a produtividade da rama de mandioca ainda não é bem estudada.

Após definida uma área na Funpesg, foram plantadas três variedades de mandioca recomendadas por técnicos da Agraer. O plantio, incluindo adubação, correção de solo, e os demais tratos culturais, foi realizado por alunos do Curso Técnico em Agropecuária, sob supervisão do coordenador do curso, Wellingthon de Matos Reis.

A produtividade

Um dos grandes desafios do cultivo da mandioca é a presença de plantas daninhas que afetam o desenvolvimento da cultura. De acordo com Engenheiro Agrônomo Ivan Macena (Agraer) é possível evitar a capina com a utilização de herbicidas apropriados. “A utilização de uma única aplicação de herbicidas, permite a manutenção do mandiocal no limpo”.

Após 110 dias, a produtividade variou de 40 até 57 toneladas de rama de mandioca por hectare. Esses índices se comparam e até superam a produtividade de silagens de milho, sorgo, entre outras espécies de gramíneas, em apenas um corte. É esperado mais dois cortes das rebrotas da rama de mandioca, antes de haver necessidade de um novo plantio. Após um período de, aproximadamente, 30 dias, os silos serão abertos e amostras das silagens serão enviadas para análises bromatológicas, que determinarão a qualidade nutricional da mesma.

Esse experimento consolida uma parceria entre técnicos da secretaria de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, Agraer e curso técnico em Agropecuária no município de São Gabriel do Oeste, e as informações servirão de subsídio aos trabalhos de extensão rural na Agricultura Familiar dentre os produtores de leite. (fonte: idest.com.br)