
O governo de Minas Gerais vai democratizar o acesso à tecnologia de fecundação "in vitro" aos pequenos produtores rurais de leite do Estado. O objetivo do projeto, denominado Campo Novo, é inverter uma lógica em que apenas os grandes produtores rurais têm acesso aos benefícios produzidos pela biotecnologia e genética animal.
"Estamos criando condições de permitir ao pequeno produtor de leite a mesma tecnologia dos grandes conglomerados rurais. O projeto vai proporcionar, em curto prazo de tempo, o aumento de renda e a melhoria da qualidade de vida de cada família" avalia Narcio Rodrigues.
O projeto da
Secretaria de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, desenvolvido pelo APL de Biotecnologia, terá um impacto significativo no melhoramento genético dos rebanhos desses pequenos produtores. No método produzido pelo Campo Novo, o melhoramento genético se dará mais rapidamente, já que o produto gerado independe da qualidade do plantel existente e, nos embriões, serão utilizadas matrizes e touros com alto valor genético. O resultado será a obtenção de um número maior de matrizes de qualidade para o plantel.
O impacto financeiro e econômico para os pequenos produtores rurais também deve ser significativo, pois com mães e pais de reconhecida qualidade genética, os produtos possuirão valores mais expressivos. Além disso, os benefícios para esses produtores resultarão em aumento da produtividade leiteira, baixo investimento e acesso à tecnologia avançada.
A primeira etapa do projeto tem duração de 24 meses e a meta é atender a 60 produtores. Serão disponibilizados, em média, quatro prenhezes sexadas de fêmea meio-sangue girolando para cada produtor participante. Posteriormente, o número de produtores será ampliado.
Outra parceriaTambém foi assinado pelo secretário Narcio Rodrigues e pelo presidente da
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, José Donato Dias Filho, documento em que oficializa o investimento de mais R$ 178 mil do Governo de Minas, por meio da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (
Fapemig), para estimular o projeto Teste Progênie, que objetiva ampliar a distribuição de sêmen para o melhoramento genético.
A raça Girolando é brasileira, resultado do cruzamento do gir (zebu) com o holandês. Ela é considerada a grande solução para a pecuária leiteira tropical. Alguns exemplares da raça chegam a produzir cerca de 100 litros de leite por dia.
Também falaram da importância do projeto Campo Novo e suas parcerias, o chefe do Centro de Pesquisa da Unidade Regional da
Epamig Triângulo e Alto Paranaíba, José Mauro Valente; o presidente da
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, José Donato Dias Filho, e o diretor técnico da empresa
Geneal, Rodolfo Rumpf.
Os parceiros do Campo Novo são:
Sectes,
Fapemig,
Copervale,
Geneal,
Cenatte Biotech,
Alta Genetics,
ABS Pecplan,
MSD Saúde Animal,
Biogêneses Bagô,
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando,
Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu),
Senar-MG,
Vitae Rural,
Polo de Excelência em Genética Bovina,
Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ),
Prefeitura Municipal de Uberaba,
Emater-MG,
Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba,
Sebrae-MG,
Sicoob e
Universidade de Uberaba (Uniube).
FONTE
Agência Minas