criacao_boi_raca_europeia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)


O que parece fora de dúvida vai ser mensurado. É o avanço das lavouras lucrativas, como a soja e o milho, sobre as áreas de pecuária nos estados do Sul brasileiro. Será a 1ª Radiografia da Pecuária Sulista, que consiste num levantamento monitorado pelo Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Nespro/UFRGS), que está sendo iniciado neste mês.

Pelo menos 200 propriedades serão visitadas nos três Estados por 15 equipes de trabalho. O resultado será divulgado na Jornada do Nespro, dias 25 e 26 de setembro, em Porto Alegre (RS).

O estudo vem a calhar. Nos últimos tempos, entidades que representam os pecuaristas têm registrado e divulgado que, nas fazendas de corte, a matriz de produção está sendo alterada e a forma de produção também, com a entrada forte do milho e da soja. Há informações de que o Paraná já perdeu mais de 20% da sua área de pecuária. No Rio Grande do Sul, palco de um rebanho dos mais tradicionais e produtivos do país, o refluxo é menor, mas mesmo assim é representativo – 14%.

Números não oficiais mostram também que o plantel, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul, diminuiu. Especialistas dizem que a preocupação nas fazendas agora é focar a produtividade do boi e reduzir o tempo de abate. Tecnologia e gado de qualidade os sulistas têm de sobra.

Segundo Júlio Barcellos, coordenador do Nespro, o Sul do país perdeu protagonismo para a região Centro-Oeste com a ocupação de áreas de pastagem pela agricultura.

Fonte

Globo Rural

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