Por lei, indústria de lácteos só pode usar reconstituição do leite em pó em casos de emergência (Foto: Rogério Cassimiro)
O Ministério da Agricultura ampliou nesta segunda-feira (7/10) a área de abrangência da medida que permite a produção de leite longa vida e pasteurizado a partir da reconstituição do leite em pó. A autorização passou a se estender para Minas Gerais e Espírito Santo nas localidades que integram a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
A decisão do governo é válida por três anos e tem o objetivo de atender estados da região Nordeste, atingidos pela seca. A escassez de alimentos para os animais reduziu a produção leiteira e levou à morte do gado em diversas localidades.
“A medida é necessária para evitar possíveis prejuízos às economias locais e afastar o risco de desabastecimento para a população”, explica o ministro Antônio Andrade, em nota divulgada pelo Ministério da Agricultura.
Ao todo, 168 municípios mineiros e 28 capixabas podem ser beneficiados, desde que as fábricas sejam fiscalizadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF). Há ainda um limite de 35% da capacidade produtiva de cada estabelecimento.
A reconstituição é a adição de água potável ao leite em pó para torná-lo fluído e com as mesmas características dos produtos já conhecidos pelo consumidor (como o leite longa vida). Por lei, as empresas não podem utilizar a reconstituição para produzir leite longa vida ou pasteurizado, exceto em casos emergenciais.
Fonte
Revista Globo Rural