Bois e vacas em pasto: entre janeiro e abril, a Argentina produziu 917.000 toneladas de carne, o que significa 10,2% a mais na comparação anual.
Buenos Aires - O governo argentino experimenta, pela primeira vez em nível nacional, o uso de um DIU bovino, criado por um veterinário local, que está sendo exportado ao Brasil e à Espanha e permite aumentar a produção de carne e evitar o abate de fêmeas prenhas.
É uma prova de fogo para Enrique Turín, um veterinário de Pergamino, província de Buenos Aires, no coração agrícola-pecuário do país, que inventou o primeiro dispositivo intrauterino para bovinos (DIUB) do mundo e de que obteve a patente internacional da União Europeia (UE).
"É um dispositivo de muito baixo custo, 17 pesos (U$ 3), que é colocado no útero das vacas. Seu uso é indicado para fêmeas que já cumpriram seu ciclo reprodutor de cinco a sete bezerros, ou que estão destinadas à engorda", explica Turín à AFP no campo onde fabrica seu inovador produto.
A carne bovina, prato principal da dieta na Argentina, um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo, registrou entre 1958 e 2011 uma queda de 50%, passando de uma média de 98,4 a 53,4 quilos, segundo o Instituto de Promoção da Carne Bovina (IPCV).
A queda do consumo foi simultânea à da produção e nisso incidiu a matança de fêmeas prenhas, já que, de uma média anual de cinco milhões de vacas que chegam aos frigoríficos, um milhão chega com fetos em diferentes estágios.
Fonte
Revista Exame