O Valor Bruto da Produção Agropecuária 2014 (VBP) referente ao mês de julho é de R$ 442,4 bilhões. O VBP de 2014 é 2,1% maior que o de 2013, de R$ 433 bilhões. O valor obtido neste ano é o maior numa série desde 1989. Do valor estimado, 65,3% vêm das lavouras e 34,7% da pecuária.
De acordo com José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, “os valores obtidos não devem sofrer grande alteração até o final do ano em razão do encerramento da safra de verão, restando apenas algumas lavouras de inverno, em especial, o trigo. Já o comportamento dos preços agropecuários podem ocasionar alterações”.
Em 2014, os melhores resultados são alcançados pelo algodão (61,9%), banana (17,5%), batata inglesa (17,9%), cacau (25,5%), café (12,7%), laranja (26,8%), pimenta do reino (18,6%), soja (6,7%), trigo (20,9%) e maçã (10,7%). Os dados são resultados da combinação de preços e quantidades produzidas.
O desempenho negativo no valor da produção tem ocorrido em relação ao amendoim, à cana-de-açúcar, à cebola, ao feijão, à mandioca, ao milho e ao tomate. Entre estes, as maiores quedas do valor da produção são da cebola, com - 42,2%, do feijão, com - 16,8% e do tomate, com - 9,3%. As reduções de preços que vêm ocorrendo nesses três produtos em relação a 2013 são expressivas, principalmente na cebola (- 46,4%), e no feijão (29,8%).
Na pecuária, com um valor da produção estimado em R$ 153,3 bilhões, os aumentos mais expressivos têm ocorrido na carne bovina (18,1%) e na carne suína (7,6%). Carne de frango e ovos apresentam acentuadas reduções no valor da produção neste ano, com – 16,4% e - 23,8%, respectivamente. Os valores da produção regional mostram a liderança do Centro – Oeste, com R$ 110,6 bilhões, seguidas pelo Sul, com R$ 107,5 bilhões, Sudeste, R$ 107, 7, e pelo Nordeste, R$ 41,8 bilhões e Norte, R$ 117,7 bilhões. São Paulo, Mato Grosso e Paraná lideram os valores da produção esperados para este ano.
Esse indicador é calculado a partir das estimativas de safras, da produção agropecuária e dos preços recebidos pelos agricultores em regiões representativas na formação dos preços agropecuários. As informações são da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE).
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