Resíduos do abate de suínos e aves podem representar uma fonte extra de receita para cooperativas de produtores agrícolas, empresários rurais e indústrias de fertilizantes, que com o material podem produzir fertilizantes organominerais granulados. O contrato de parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Fundação Eliseu Alves e a Calderon Consulting vai permitir a transferência de tecnologia e implantação destas fábricas.
Pelo contrato assinado nesta quarta-feira (10), no Rio de Janeiro, a Calderon Consulting será responsável pela produção das plantas industriais e a Embrapa se encarregará da transferência de tecnologia do produto.
As principais vantagens desse tipo de fertilizante são a redução do impacto ambiental da atividade agropecuária e a elevação da produtividade do solo. A redução do impacto ambiental se dá porque os fertilizantes organominerais aproveitam diversos resíduos orgânicos de agroindústrias, criação de animais e restos agrícolas. Processados e estabilizados, são devolvidos ao solo na forma de nutrientes.
“O uso dos fertilizantes organominerais possibilita a redução em até 10% do uso de fertilizantes químicos e potencializa a ação microbiana, o que garante mais nutrientes para o solo”, explica o pesquisador da Embrapa Solos, Vinicius Benites. Ainda segundo Benites, os fertilizantes organominerais também têm rendimento 15% superior aos fertilizantes normalmente utilizados pelos produtores.
A capacidade de processamento das fábricas disponíveis varia entre 10 mil e 60 mil toneladas por ano. O custo do investimento fica entre R$ 1,5 milhão e R$ 6 milhões, de acordo com a capacidade da planta industrial escolhida. O retorno do negócio é estimado em dois anos.
O processo de negociação e a transferência de tecnologia é fruto da articulação entre a Embrapa Solos, Embrapa Produtos e Mercado (Brasília-DF) e seu Escritório de Campinas.
Fonte: Portal Planalto