Coromandel, no Alto Paranaíba, responde por 41,5% da safra estadual | |
A produção mineira de girassol, na safra 2012/2013, deve atingir 9 mil toneladas, superando em 53,2% a colheita no período anterior, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O Alto Paranaíba lidera o ranking das regiões produtoras de girassol no Estado, com uma estimativa de 3,7 mil toneladas ou 41,5% do total de Minas. Conforme a análise da Seapa – que tem por base os dados do IBGE –, Coromandel concentra a produção do Alto Paranaíba, embora há dois anos o município não fosse citado entre os produtores de expressão. Os agricultores intensificaram o plantio de girassol estimulados pelos preços do produto: a cotação média do quilo varia atualmente de R$ 0,97 a R$ 0,99, pois a referência é o preço da soja. Além disso, o escoamento da produção é facilitado pela proximidade das indústrias de óleo, localizadas principalmente na região do Triângulo Mineiro. Segundo o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, a atuação das empresas no Triângulo, além de facilitar o escoamento da produção do Alto Paranaíba, estimula a atividade na própria região. Segundo colocado no ranking estadual do girassol, o Triângulo tem lavouras espalhadas em 1,3 mil hectares, apresentando nesta safra uma produção estimada de 2,6 mil toneladas. ”O volume é de 35,6% superior ao registrado no período anterior, consequência principalmente de um rendimento muito expressivo (26,8%)”, explica Albanez. Milton Flávio Nunes, gerente regional da Emater-MG em Uberlândia, também ressalta a importância da atuação das indústrias. “O município conta com quatro grandes empresas de produção de óleo vegetal, e distantes até 200 quilômetros foram instaladas outras indústrias que também concorrem na aquisição de girassol, milho e soja”, observa. Além da assistência oferecida pela Emater, os agricultores contam também com o apoio das empresas, que procuram assegurar a obtenção de produtos de alta qualidade para a fabricação do óleo. De acordo com Nunes, os agricultores apostam também nos lucros que obterão por meio das vendas às integrações de produtores constituídas para atender às grandes indústrias avícolas. O gerente diz que esses grupos necessitam de um volume expressivo de soja, milho e girassol para formular a ração dos planteis. Outro destino dos produtos são os confinamentos de bovinos. Enriquecimento do solo “Trata-se de uma boa troca (rotação de cultura), que possibilita lucros com a soja, o girassol e o milho, além de reduzir a despesa com a compra de adubos”, enfatiza Estêvão Henrique Costa Caetano, que administra com o pai, Guarim Alfredo Carvalho, uma plantação de 130 hectares na Fazenda Mangabeira, localizada em Luz. Estêvão lembra que, no ano passado, o girassol alcançou a cotação de R$ 1,40 o quilo na melhor fase do mercado da soja. Desde o início de abril o preço variou de R$ 0,75 a R$ 0,90 na região. Em 2012, nos 80 hectares de girassol da Fazenda Mangabeira, a produtividade alcançada foi de 150 sacos por hectare e toda a produção seguiu para a Petrobras. Neste ano, em uma área cerca de 62% maior, a produtividade estimada é de 160 sacos por hectare, conforme a avaliação de Guarim. No caso do milho, que no ano passado foi plantado em 200 hectares, parte da produção foi utilizada como silagem na fazenda e outra parte foi vendida para ajudar nas despesas da propriedade. Pai e filho acreditam que, na safra 2012/2013, a rotação girassol/milho vai continuar reforçando a receita da propriedade. Fonte: Portal Dia de Campo |
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