Em regiões onde é intenso, como no Sul, o índice de pessoas que classifica o agronegócio como muito importante é maior (Foto: Leandro Taques/Ed. Globo)
Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), realizada com apoio do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM no início do ano em 12 capitais do Brasil mostra que 81,3% da população dos grandes centros urbanos consideram o agronegócio uma atividade muito importante para a economia nacional. “Os resultados do trabalho serão usados para melhorar nossa comunicação com a sociedade urbana em geral”, diz Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag.
Em regiões onde o agronegócio é intenso, o índice de pessoas que classifica o agronegócio como muito importante é maior, chegando a 90,1% na região Sul, por exemplo. A pesquisa mostrou também que o agricultor está entre as cinco profissões consideradas vitais para a vida dos moradores dos grandes centros, sendo que 83,8% dos entrevistados consideram a profissão muito importante.
O grau de interesse dos entrevistados pelo tema agronegócio, no entanto, é pequeno e apenas 11% dos entrevistados manifestou interesse pelo agronegócio. Nas fronteiras agrícolas esse índice foi maior e chegou a alcançar 78% na região Centro-Oeste.
De acordo com José Luiz Tejon, coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM, em comparação com outros setores da economia, o agronegócio ficou em quinto lugar no quesito “orgulho de ser brasileiro”.
A entrevista, intitulada “A percepção da População dos Grandes Centros Urbanos sobre o Agronegócio Brasileiro” entrevistou 600 pessoas de todas as classes sociais e níveis de escolaridade. Os resultados do trabalho mostram ainda que 40% da população não tem a visão do complexo como um todo, que não há rejeição sobre o setor, que não há visão dos ganhos tecnológicos que o agronegócio proporciona à sociedade, e que 48,7% dos jovens, com idade entre 16 e 24 anos, não conhecem a atividade do agronegócio.
Fonte: Revista Globo Rural