O Brasil teve o pior desempenho econômico no terceiro trimestre deste ano, entre os países membros do G20 (principais economias do mundo). A informação consta do relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado ontem (12/12/13). No Brasil, o Produto Interno Bruto(PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu 0,5% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. 

A OCDE destacou que essa foi a primeira contração desde o primeiro trimestre de 2009. Para a organização, esse resultado pode ser explicado em parte como reflexo do "notável" crescimento de 1,8% no segundo trimestre.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia admitido, no dia 3 de dezembro, que o Brasil teve o pior desempenho entre os países do G20 e do Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), no terceiro trimestre. O ministro argumentou, entretanto, que os números revisados do PIB do segundo trimestre indicam resultado inverso, com a economia brasileira tendo crescimento maior que a dos integrantes dos dois blocos.

Entre os países do G20, a França também apresentou queda (0,1%). A China registrou o maior crescimento, com 2,2%, seguida pela Índia, onde o PIB cresceu 1,9%. Nos Estados Unidos, no Reino Unido e Canadá, a expansão do PIB ficou em 0,9%, 0,8% e 0,7%, respectivamente. No México, o crescimento foi 0,8%, enquanto na Itália houve estabilidade. 

O PIB de todos os países membros do G-20 totalizou 0,9%, no terceiro trimestre, depois da expansão de 0,8% no segundo trimestre. 

Tombini: Brasil está bem posicionado no processo de superação da crise internacional

O Brasil tem experimentado "um gostinho" das oscilações nos mercados internacionais, no atual processo de normalização das condições financeiras e monetárias internacionais. A avaliação é do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini que, na manhã de ontem (12/12/13), participou de confraternização com jornalistas.

"A gente tem sentido um gostinho dessa volatilidade que se instalou nos mercados internacionais desde meados de maio, com altos e baixos. Mas é a volatilidade do bem no sentido que isso vem em função de um início de processo de normalização das condições financeiras e monetárias internacionais", disse.

Segundo Tombini, depois de cinco anos da crise financeira internacional, esse processo de transição se iniciou, mas não há sincronização entre as economias do mundo. Mas, ele destacou que os Estados Unidos, a principal economia do mundo, já avançaram nesse processo de normalização. "Há uma transição para um mundo melhor, no sentido que a economia global deve apresentar recuperação em relação aos últimos cinco anos. O comércio internacional deve se beneficiar. E países como o nosso poderão aproveitar daqui para frente", disse.

Tombini enfatizou que o Brasil está "bem posicionado" para passar por esse período da "forma mais tranquila possível". Ele acrescentou que o BC cumprirá os objetivos manter a política monetária e a estabilidade do sistema financeiro.

O presidente do BC também disse que a inflação acumulada nos 12 meses vem caindo, nos últimos cinco meses e "isso vai continuar". "O Banco Central tem estado em todo esse período vigilante no sentido de fazer isso acontecer", destacou.

Tombini destacou ainda que o país está avançando para acelerar a recuperação e a construção da infraestrutura. "Um elemento importante para frente são os investimentos. O país está colocando uma ênfase grande na questão da infraestrutura e da logística", disse.

FONTE

Agência Brasil

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