A missão empresarial comandada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil visitou na segunda-feira (11/11) a Suzhou Industrial Park, ZEE (Zona Econômica Especial) estabelecida no contexto do desenvolvimento econômico do delta do rio Yan Tse, a cerca de 70 quilômetros de Xangai.
Trata-se de uma das mais modernas zonas industriais do mundo, criada há pouco menos de 20 anos. Esta ZEE é fruto de uma parceria entre a China e Singapura. Uma joint venture administrada por um conselho conjunto dos dois países. O parceiro foi escolhido não só pela identidade cultural, mas em razão da disponibilidade de investimentos e de know-how.
Estão instaladas ali 8 mil empresas estrangeiras e 10 mil empresas chinesas.
Os investimentos para a implantação atingiram 35 bilhões de dólares. Além dos sete projetos industriais de grande porte, no valor de um bilhão de dólares cada um – casos da Sansung, Roche, Adidas e L’Óreal – a ZEE também abriga empresas menores. Para atrair novos investidores, a estrutura local contempla centros de treinamento e ambientes para rodadas de negócios.
No ano passado, esta ZEE faturou 30 bilhões de dólares. Hoje, metade da produção de Suzhou é destinada ao consumo interno e a outra metade, à exportação. A diferença é que todos os produtos exportados são isentos de impostos, enquanto o que fica no mercado interno é tributado.
A ZEE foi organizada a partir de um projeto paisagístico do qual participaram arquitetos de várias partes do mundo. A infraestrutura inclui um centro cultural com espetáculos de nível internacional exibidos diariamente. Dezenove anos depois da construção do primeiro prédio, Suzhou é hoje uma cidade industrial com área de 288 quilômetros quadrados e um milhão de habitantes. E, como em toda grande cidade brasileira, ali não falta um shopping center, em que estão instaladas lojas das grandes marcas internacionais, como a Chanel.
A ZEE tem uma zona alfandegária e um centro de logística, com 108 empresas estrangeiras instaladas em mega galpões, além de armazéns chineses que oferecem estrutura às empresas nacionais. Tudo é automatizado com uma tecnologia muito sofisticada. As máquinas empilhadeiras, por exemplo, são programadas para trabalhar sem a necessidade de um operador humano.
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